Capítulo 13

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um voto e a constelação toda é sua!✨ 

Ao conseguir confessar a Bright, talvez um dos meus últimos segredos da época antes de conhecê-lo, meu peito ficou mais leve. Parecia que enfim tinha tirado outro fardo de dentro dele. Agora só faltava ter a chance de lhe contar o motivo de ter me afastado. Depois de saber sobre aquele momento, vi os olhos de Bright me fitando em surpresa. Ele se afastou devagar e ao ficarmos frente a frente a confusão começou a brotar em sua face.

- Espera. Você a trouxe aqui?

Assenti e ele parecia confuso agora.

- Quando? Eu nunca soube que minha mãe esteve aqui... ela... quando foi isso, Metawin?

Sua voz saiu falha e eu o segurei, quando seu corpo pendeu para frente e ele caiu em choro. O mantive firme, até convencê-lo a sentar no banco próximo. Eu não esperava por sua reação, tão intensa e desconcertante que fiquei sem palavras. Quando estava sentado, segurei suas mãos e limpei sua face ainda molhada. Com cuidado, eu lhe contei sobre o dia em que Júlia foi até Bangkok se consultar e ele me ouviu, fez algumas perguntas sobre a saúde da mãe e eu novamente, com cuidado, escolhi as lembranças das quais queria lhe contar.

O caso era grave e eu deixei isso claro para ele, que ficou ainda mais triste ao saber que a mãe tinha tido um diagnóstico, mas por fim escolheu não tratar. Bright jamais entenderia aquela decisão e sentia um pouco de raiva da mãe. Agora isso parecia ainda mais forte, enquanto o escutava assumir com vergonha. Eu não o julgava, tentei entender o seu lado, e o abracei antes de voltar a contar sobre aquele dia.

[Lembrança de 2018 – Win e Júlia]

"Quando entramos no carro, escutei um fungar baixo e olhei para ela assustado. Ela estava chorando.

- Oh...

Deixei escapar e a vi me olhar antes de afundar o rosto nas mãos, chorando furiosamente dentro do carro. Permaneci em silêncio, tocando suas costas com a mão, confortando-a naquele momento. Era uma situação delicada e eu realmente entendia, por isso apenas deixei que ela chorasse. Quando por fim ela parou, entreguei-lhe mais lenços e a vi limpar as lágrimas e assoar o nariz, jogando os papéis no lixo preso ao câmbio.

- Obrigada, querido.

- Vai ficar tudo bem. Você vai vencer.

- Win?

Ela me olhava tão profundamente agora que eu sabia que poderia ver minha alma e eu apenas sustentei seu olhar.

- Sim?

- Posso te pedir um favor?

- Claro, o que posso fazer por você?

- Prometa que irá voltar à ilha e gravar um programa no Velence?

- Sim, eu já prometi isso.

- Não, você não entendeu.

- Como?

- Se eu morrer, prometa que mesmo assim irá gravar o programa.

Ela falou e meu coração doeu com a possibilidade de perder Júlia. Balancei a cabeça rapidamente e segurei suas mãos.

- Júlia, isso não irá acontecer.

- Prometa, Win. Eu preciso que me prometa que se alguma coisa acontecer, você irá insistir para gravar lá. Não importa as circunstâncias, eu preciso que o Velence seja um local amado por todos.

Céu Estrelado ✨ {Part II}Onde histórias criam vida. Descubra agora