39-Bernardo Morelli

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-Camila, meu amor cheguei-falei assim que entrei em casa completamente contente por ter terminado aquela maldita reunião que demorou horas.

Prometi a Camila que chegava na hora de almoço, mas demorei um pouco mais, então ela deve estar na cozinha com Anita ou então lá em cima a descansar no quarto.

Fui até ao nosso quarto para encontrar a minha mulher, mas ela não se encontrava lá, o que era estranho já que a seguir à hora de almoço ela costuma descansar, mas talvez hoje ela tenha decidido estar na companhia de Anita.

Segui até à cozinha onde encontrei Anita a tirar algumas coisas de dentro de umas sacolas e guardar a seguir nos armários e na despensa.

-Boa tarde Anita-cumprimentei-a.

-Boa tarde senhor Bernardo-ela sorriu-precisa de alguma coisa?

-Sabe onde está a Camila?

-Não vejo a menina Camila desde a hora do pequeno almoço-ela falou e eu estranhei-depois do senhor sair para trabalhar, Camila subiu para o quarto e eu saí para fazer umas compras e só cheguei agora.

-Ela não deixou nenhum recado ou avisou para onde iria?

-Não senhor-Anita olhou para mim.

-Camila não é de sair sem avisar, algo está estranho-respirei fundo para me acalmar.

Saí da cozinha e segui até à sala de estar seguido por Anita na esperança de a encontrar, mas mais uma vez ela não se encontrava lá.

Olhei tudo à minha volta e quando olhei para o chão reparei numa pequena poça de água e um pouco de sangue. Aproximei-me da mesma e olhei para aquilo.

-Anita, isto estava aqui de manhã quando saiu?

Anita aproximou-se e observou negando.

Estava a achar aquilo muito estranho então tratei de ligar para a minha patrulha de defesa da alcateia e mandei fechar todas as fronteiras.

Não conseguia sequer imaginar que Camila tenha ido embora ou pior...que a tivessem levado de mim.

Esta última opção estava fora de questão, eu mato o primeiro que encostar na Camila ou no meu filho. Eles são meus, minha família.

Liguei para o meu pai e avisei que em cinco minutos estaria em sua casa e assim que cheguei falei com os meus pais, a minha irmã e o meu melhor amigo, Santi.

-Como?-a minha mãe levantou-se desesperada.

-Diz-me que isso não é verdade-Bianca começou a chorar-a Camila não é de fazer essas coisas eu conheço-a bem mano, alguém a levou.

Santi abraçou a minha irmã que chorava copiosamente nos seus braços, já a minha mãe deixou escapar algumas lágrimas, mas o meu pai tratou de a acalmar quando o meu telemóvel tocou.

Assim que atendi o chefe da patrulha, ele passou-me todas as informações que tinha e quando ouvi aqueles dois nomes eu tive de me segurar firme para não partir tudo à minha volta.

-EU MATO-OS-gritei desligando o telemóvel.

-O que se passa filho?-a minha mãe perguntou preocupada-a Camila está bem?

-O pai dela e o Mário levaram a minha mulher mãe-passei as mãos pelos meus cabelos deixando escapar algumas lágrimas-eu juro que se eles tentarem magoar a minha mulher e o meu filho, mato-os...eu mato-os.

Bati com a mão na mesa à minha frente e tentei controlar a minha respiração que estava totalmente descontrolada. Senti os meus olhos mudarem de cor e as minhas presas soltarem para fora.

Camila e o MonstroOnde histórias criam vida. Descubra agora