27-Camila Stevens

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Bernardo ainda me observava desde que nos sentamos à mesa e confesso que aquilo começava a deixar-me um pouco sem jeito.

-Então...-comecei-qual o motivo do jantar?-perguntei.

-Depois de me contares que nunca tiveste uma festa de aniversário eu resolvi dar-te um jantar para comemorar-ele encolheu os ombros como se fosse óbvio.

-Hummm...-olhei para ele desconfiada-obrigada Bernardo.

-Só queria que tivesses um dia diferente e...especial-ele olhou nos meus olhos-e que me desculpasses pelo o que eu fiz há uma semana atrás.

Ele falou de quando dormiu com aquela oferecida.

Bufei revirando os olhos, mas depois olhei para ele e sorri.

-Estás desculpado-falei.

(...)

O jantar correu muito bem, até melhor do que eu esperava por sinal.

Assim que terminamos de jantar, Bernardo levou-me até um jardim meio escondido, pelo menos não passava lá muita gente, não àquela hora da noite. Nesse jardim tinha uma pequena fonte onde vertia água muito calmamente e de frente para a fonte tinha uma pequena luz que incidia nela dando um ar um pouco mais romântico.

Observei toda a fonte e sorri com toda aquela grandiosidade junta.

-Isto é maravilhoso Bernardo-falei sem tirar os olhos da fonte iluminada-quando foi que descobriste este lugar? É tão lindo e...romântico-suspirei só de imaginar.

Senti Bernardo muito calado e quieto atrás de mim, por isso resolvi verificar se estava tudo bem com ele, mas quando olhei para trás arregalei os meus olhos com a imagem que apareceu à minha frente.

-Bernardo...!?-engoli em seco ao vê-lo daquele jeito.

Bernardo estava de joelhos e com uma pequena caixinha de veludo que mostrava um lindo anel todo cravejado de pequeninos diamantes.

Dei um passo na sua direção e olhei nos seus olhos. Eu não sabia o que fazer naquele momento, eu estava demasiado perdida nos meus próprios pensamentos e sentimentos.

-Camila Stevens, aceitas casar comigo?-os seus olhos estavam presos nos meus.

-Eu...eu...-senti o meu coração acelerar com tanta emoção no momento-eu não sei o que dizer Bernardo.

-É só dizeres sim Camila-ele falou como se fosse óbvio.

Eu apenas ri do seu comentário.

-Eu aceito-sorrimos ao mesmo tempo.

Bernardo colocou o anel no meu dedo e logo se levantou ficando à minha frente me encarando.

A sua mão levantou e encostou no meu rosto, deslizando lentamente até ao queixo. Os seus olhos desceram até aos meus lábios e voltaram para os meus olhos como se me pedissem permissão para me beijar.

-Acho que é agora que me beijas-sussurrei e ele riu malicioso.

A sua outra mão foi para a minha cintura e ele logo puxou-me para junto do seu corpo e beijou-me.

Quase perdi todo o ar que se encontrava nos meus pulmões. A sua língua invadiu a minha boca e explorou-a o quanto podia e conseguia, a sua mão apertou a minha cintura e a sua outra mão agarrou nos meus cabelos com alguma força quase me fazendo gemer de dor.

Enlacei o seu pescoço com as minhas mãos e sorri entre o beijo.

Afastamo-nos um pouco em busca de um pouco de ar e olhamos nos olhos um do outro. Senti as minhas bochechas queimarem de tanta vergonha e timidez que eu estava a sentir naquele momento.

Camila e o MonstroOnde histórias criam vida. Descubra agora