XVI

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Olho para Louis assim que o escuto e sinto a mão dele ser colocada na lateral do meu pescoço, de uma forma que o possibilitasse de acariciar minha bochecha.

— Você acha esse lugar especial?

— Acho, ele parece ser isolado e eu me sinto bem quando estou aqui, por isso estava tão animado quando sai da faculdade.

— Fico feliz em saber disso... E eu? Você me considera uma pessoa especial na sua vida?

— Louis, você é o meu cantor favorito e também é uma das minhas maiores inspirações, óbvio que te considero especial - o sorriso no rosto dele era enorme, parecia que tinha ganhado o melhor prêmio do mundo ao me escutar.

— Então seu primeiro beijo vai ser especial...

— Como assim? - ele ri.

— Eu estou prestes a te beijar, Hazz... Tudo bem se eu fizer isso, certo?

Não, não, não... Ele não poderia estar falando sério. A cada minuto que se passa, eu tenho mais certeza de que Louis é completamente louco. Ele provavelmente queria me usar para conseguir algo e eu estava caindo direitinho em seu plano estúpido, como eu pude ser tão idiota a ponto de não enxergar tudo aquilo que estava acontecendo? Uma celebridade nunca pararia a vida por completo só para poder cuidar de alguém como eu.

Por outro lado, eu queria que ele me beijasse, por mais que isso signifique que eu não tenha tantas coisas para me manterem aqui durante os oito meses... Talvez seja melhor aproveitar o momento e, pela primeira vez, não me preocupar muito com tudo que poderia acontecer. Eu estava com medo de estragar tudo, e se eu negasse o beijo e nunca mais visse Louis? Gostava de tê-lo ao meu lado e não queria voltar a ficar sozinho como antes ou voltar a escutar aquelas coisas que o meu pai me insistia em falar, pode ser que ele me ajude a me defender.

Minha mente estava uma completa confusão e eu não sabia se devia aceitar aquele beijo.

— E se eu estragar tudo? Digo, meu beijo pode ser péssimo e aí você vai parar de falar comigo, até porque celebridades não ficam com pessoas como eu... - meus olhos estavam cheios de lágrimas enquanto eu o olhava, mas ele não parecia se importar.

— Respira fundo, Hazz. Eu jamais pararia de falar com você, já te disse que não vou sair do seu lado e não me trate diferente só porque eu tenho um pouco de fama, isso não significa que eu não possa ficar com você. Outra coisa, eu vou te ensinar a beijar, então vai ser minha culpa se você beijar mal, pode relaxar.

Ele parecia estar calmo, mas eu estava bem nervoso sobre aceitar esse beijo ou não, eu achava difícil me adaptar a coisas novas... Será que dar uma chance a tudo isso era a melhor opção?

— Eu estou em uma briga interna, não sei se deveria aceitar ou não... Minha cabeça está pensando em tudo que pode acontecer.

— E o que o seu coração está dizendo?

— Eu não sei... Desculpa.

— Não peça desculpas, Hazz, que tal alguns selinhos? Desse jeito você pode sentir como nossos lábios ficam juntos e pode decidir se quer o beijo ou não, só tenta relaxar e não pensar tanto. Tenta viver o agora sem se preocupar com o que pode ou não acontecer.

Concordei com a cabeça e ele sorriu para mim antes de aproximar o rosto do meu, sinto minha respiração falhar, o que estava prestes a acontecer? Sinto alguns beijos serem depositado por minha testa, sobre meus olhos, em minhas bochechas, meu nariz, meu queixo e por fim a minha boca. Louis deixou nossas bocas juntas por alguns segundos, pude sentir como seus lábios eram macios e eu gostei de estar tão próximo a ele, parecia seguro. Após se afastar, ele voltou a me olhar, eu me sentia envergonhado e minhas mãos estavam um pouco trêmulas.

La di die [larry stylinson]Onde histórias criam vida. Descubra agora