La di die [larry stylinson]

IX

Meu rosto ardia fortemente por conta dos tapas que foram depositados ali, eu chorava de forma descontrolada e sentia que poderia desmaiar a qualquer instante. Dou um leve pulinho de susto ao sentir alguém tocar minhas costas, era um leve carinho, isso poderia me fazer sorrir, porém eu me sentia fraco demais para mover um músculo.

— Hey... Você está bem? - ele me pergunta e eu balanço a cabeça positivamente — Eu vi eles te batendo... Tudo bem se eu te levar pra casa da minha mãe? Ela era enfermeira.

Eu tinha certeza que conhecia aquela voz de algum lugar. Levo meu olhar a ele e sinto minha visão embaçar, estava prestes a desmaiar e seguro nos braços dele para tentar me estabilizar.

— Eu... Está tudo preto - falo lentamente e isso parece o alertar.

— Vem, eu seria um ser humano terrível se deixasse você continuar andando nesse estado.

Ele me pega no colo com certo cuidado, sempre me perguntando se eu estava bem ou tentando manter uma conversa para que eu continuasse acordado. Fui deitado no banco de trás do carro e quase durmo, mas aquela pessoa parecia gritar algumas vezes na intenção de me despertar.

Parecíamos ter chegado ao destino (não me lembro qual era, tudo estava girando). O garoto me pegou no colo novamente e correu comigo para dentro de casa... Parecia que eu já conhecia aquele lugar.

— MÃE! - me assusto — TEM UM CARA QUASE DESMAIANDO AQUI, ME AJUDA!

Ele me coloca sentado no sofá e vejo uma mulher vir em minha direção.

— Harry?!

Era Jay... Minha visão fica escura por completo e sinto meu corpo ficar mais leve, não me lembro de mais nada. Eu havia desmaiado.

***

Minha cabeça estava doendo e meu rosto ardia, algumas lembranças da noite anterior vieram a minha mente. Ainda não conseguia acreditar que os garotos tinham me encontrado, me sentia idiota por pensar que eu havia me livrado deles.

Abro os meus olhos, estava em um quarto e não fazia ideia de quem era o dono. Me levanto da cama e fico tonto por alguns segundos, mas isso logo passa, então caminho até a porta, podendo escutar uma conversa.

— Ele estava apanhando, mamãe, eu não teria batido nos meninos sem motivo.

— Tudo bem, filho, você fez a coisa certa... Espero que o Harry fique bem.

— Por falar nisso, como você o conhece?

— Ele entrou na loja ontem, não parecia estar muito bem, então chamei ele para comer algo. Parece ser um bom menino... E ele é fã da The Rogue.

— Então você está me falando que ele entrou na loja do nada e é fã da minha banda? Será que ele descobriu que você é minha mãe?

Não entendia, como assim "minha banda"?

— Boo, não se preocupe. Eu sei que você não fala sobre a sua família com seus fãs ou durante entrevistas para que a gente possa ter uma vida mais reservada, ninguém sabe que eu sou sua mãe, pode ficar tranquilo, eu ainda continuo com minha vida privada.

— Mas você tem que concordar que é um pouco estranho... Não quero que vocês sejam expostos a mídia por minha culpa.

— Lou, nada é sua culpa, isso pode acontecer um dia e eu não quero que você se culpe. Eu conversei sobre a banda com o Harry e ele parece ser um grande fã, tenho certeza que surtaria caso soubesse que eu sou sua mãe... Você é o favorito dele.

Não é possível.

Minhas mãos estavam trêmulas, será que eu estava prestes a conhecer um dos meus ídolos? Eu não estou preparado emocionalmente para fazer isso. Jay era mãe do Louis, como eu não percebi isso antes.

Sem ao menos ter consciência, eu estava descendo as escadas em expectativa.

— Harry! Você acordou, como está? - Jay pergunta assim que me vê.

Sinto minha respiração falhar. Ele olhou para mim.

— Esse é o Louis - começo a rir intensamente — Meu deus, o Louis tá aqui!

Eu estava rindo e chorando compulsivamente enquanto apontava para ele.

— Oi oi! Como você está? - ele pergunta enquanto se aproximava — Quer um abraço?

Concordo com a cabeça e o abraço apertado. Jamais conseguiria imaginar que isso estaria acontecendo, tinha certeza que nunca estive tão feliz assim.

— Conseguiu descansar, Harry?

— E-eu... Jay... O L-louis... - não consegui formar uma frase, eu estava muito nervoso.

— Respira, sou eu... Tenta se acalmar, ok? - ele me fala e eu respiro fundo.

Fui me acalmando com o tempo, ele era incrível e deixou com que eu ficasse o abraçando o quando quisesse. Eu sorria feito um idiota.

— Harry, você está mais calmo? - Louis pergunta

— Uhum... Eu tô vivendo meu sonho, sabia? - comento rindo

— Quer complementar esse sonho? Deixa eu te levar pra tomar café da manhã?

— Você está brincando, não é? Eu não seria maluco de recusar.

Ele não estava brincando.

Eu estava indo tomar café com o meu ídolo, tinha certeza de que eu nunca estive tão feliz na minha vida inteira.

***
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Feliz 2022 gente! Quis fazer algo dar certo na vida do Harry pra comemorar o ano novo, o bichinho já sofre demais KAKAKAKAK