Não sinto meu corpo. Sinto? Está frio. Abro os olhos, pesados.
Uma luz forte aparece, estou balançando. Tem um som alto, vento forte. Estou tonta. Olho em volta. Tudo é azul. Então eu entendo. E grito o mais alto que consigo. Estou em um barco, no meio do oceano.
O barco é de madeira, ouço o ranger do casco. Não vejo um pedaço de terra sequer a minha volta. Como vim parar aqui? Não tem mar em Chicago. Eu estava presa.
- Isso não é real. - uma voz diz.
Viro-me para frente. Uma mulher loira, de cabelo curto me olha. Ela é linda, seu rosto é delicado, seu braços são definidos. Está com um vestido cinza e leve, sem mangas. Uma tatuagem de três pássaros no peito. Começo a chorar como nunca fui capaz na vida.
- Mãe?
Meu primeiro impulso é de levantar e abraçá-la, mas sinto o barco balançar com meu movimento e paro. Ela sorri.
- Você consegue.
- Mas a gente está à deriva. Eu... mãe, eu não sou corajosa como você.
- Você é muito corajosa. E todos têm medo de algo. Mas isso aqui não é real. Você sabe disso. Você é como eu.
Sou Divergente como ela. Isso não é real. Salto e me jogo nos braços dela. Pela primeira vez na vida, eu e minha mãe existimos juntas. E nos tocamos. E ela some.
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Descendente
AdventureAlguns anos após o final de Convergente, Tobias encontra outra motivação para seguir sua vida e passar adiante tudo que aprendeu com Tris sobre ser corajoso, altruísta, inteligente, honesto e bondoso. Não é sobre genes, é sobre querer ser alguém bom...