Capítulo Final

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Ana

Depois que voltamos para casa, continuamos a procurar Anastácia como inicialmente. Vic ainda não havia voltado e apesar de nossa briga, eu estava começando a ficar preocupado. O que não me deixa menos preocupada com minha irmã.

O medo de encontrá-la morta, e meu já amado sobrinho é grande.
O com da campainha soou e vi Kath ir atender.

— O que você faz…

— Onde está ela? - Pedro disse entrando na mansão.

— Ela quem? - Kath perguntou ignorando o fato de que Pedro a ignorou.

— A Vic - Pedro disse.

Já estava ficando cada vez mais tarde, Vic não havia voltado e nem tínhamos sinal de Anastácia.

— Ela sumiu, não falamos com ela desde a três horas atrás.

— Droga - Pedro deu um leve soco na mesa.

— O que aconteceu, Pedro? - Matteo pergunta.

Victoria

Acordei no mesmo lugar de algumas horas, no galpão. Cecília cedeu à minha proposta e soltou Anastácia, agora estava presa a uma cadeira, com a cabeça doendo e o cheiro horrível de gasolina ainda é notável.

Recuperei meus sentidos e ouvi alguém entrar no galpão.

— Que bom que já acordou, princesinha - olhei para o rosto do meu pai e mesmo sabendo que ele era cúmplice da Cecília, tive que segurar as lágrimas.
— Não parece tão surpresa.

— É porque não estou. Não espero coisa boa de você há muito tempo - cuspi as palavras e ele sorriu sarcástico.

— Haja o que houver, eu ainda sou o seu pai, princesinha.

— Eu não sou sua filha e odeio esse apelido ridículo - esbravejei e me mexi na cadeira.

Ele caminha até mim e sorri enquanto segura meu rosto de forma agressiva, me fazendo encará-lo.
Lembranças do passado me fazem soltar as lágrimas que até agora eu segurava.

— Você tem que respeitar o seu pai, princesa.

— Eu odeio você. - gritei e ele bufou soltando meu rosto bruscamente.

Ele caminha para fora do galpão e eu esbravejo ainda mais.

— Eu odeio você. Eu odeio você com todas as minhas forças.
— Eu odeio você.
— Eu odeio você.
— Eu odeio você.

Choro e grito descontroladamente tentando soltar meus braços da cadeira.
Quando ouço a porta bater, respiro fundo e tento me acalmar. Preciso estar calma para me tirar dessa situação.

Depois de longos minutos tentando imaginar algo que me deixe feliz, lembrei do canivete em meu bolso traseiro.

Minhas mãos estavam amarradas para trás da cadeira sem braços, o que facilitou para mim. Com um pouco de dificuldade, tirei o canivete do bolso e comecei a cortar as cordas.

Depois de um longo tempo, consegui me soltar. As marcas de corda em meu pulso eram notáveis. Acariciei o lugar machucado e fiquei do lado da porta esperando alguém entrar.

Não demorou muito para que um dos seguranças viesse me trazer comida e água.

— Seu jantar está pronto, docinho - ele entra no galpão e vê que não estou na cadeira.

— Mas, que droga, eu odeio suco de goiaba.

Assim que disse, ele virou para mim e eu o acertei o galão de gasolina que Cecília havia deixado no galpão. Ele cambaleia para trás, mas se recupera rápido. Ele veio para cima, eu dei um soco no rosto e peguei a arma de sua cintura.

Sede de Vingança: Máfia FemininaOnde histórias criam vida. Descubra agora