Sede de Vingança: Máfia Feminina

Capítulo 3

Anastácia

Senti meu sangue ferver e não pude conter a raiva. Na mensagem, havia fotos que comprovavam tudo.

Imagens dele e de Cecília juntos, dele sacando o dinheiro que provavelmente é o dinheiro desviado, olhei incrédula para as fotos do relacionamento secreto de Levy e Cecília.

Era como se eu estivesse congelada e meu corpo agisse involuntariamente.

Ergui a mão que estava a garrafa de vinho e acertei com toda a minha força sobre a cabeça de Levy.

- VOCÊ FICOU LOUCA? - disse, pondo a mão na cabeça que jorrava sangue.

- Você é um traidor, você só pensa em dinheiro. Eu errei em confiar em você, errei em te considerar como irmão. Eu odeio você. - disse o empurrando.

- Você está perdendo totalmente o controle, Anastácia. - eu estava completamente fora de mim. Levy grunia se dor que parecia ser insuportável, seu corpo já estava parcialmente machucado, estava completamente fudido e meu ato o deixou ainda mais fraco.

- Acho melhor você chamar a sua irmã e ir para casa. - disse pegando em meu braço na intenção de me tirar dali, mas recusei seu toque e o empurrei com força fazendo com que o que sobrou da garrafa quebrada, entrasse bruscamente em seu peito. Levy cambaleou e caiu sobre a grande estante de vidro que, na mesma hora se rompeu e todas as bebidas se quebraram em cima dele.

Caminhei rapidamente para trás vendo os vidros caírem em meus pés. Feito isto, parece que minha alma voltou para o corpo e o desespero tomou conta, na verdade, desespero é pouco para descrever o que eu estava sentindo ao estar ciente do que havia feito.

Desesperada e sem saber o que fazer, saí dali o mais rápido possível tentando não cair devido ao álcool que percorria em minhas veias.

Ana

Thomas e eu estávamos prestes a terminar o trabalho. Escutamos um barulho de algo quebrando e quando iríamos ver o que havia acontecido, a porta do escritório bruscamente se abre. Anastácia estava com as pernas sujas de algo que parecia ser vinho e seu semblante expressava total desespero.

- Anastácia? O que aconteceu? - Thomas corre até ela.

- Eu... Matei ele. - suas pernas estavam trêmulas, sua voz balbuciava, e ao confessar o que havia feito, Anastácia desabou em lágrimas.

- Ele quem? - perguntei

- Levy. - Anastácia falou em prantos.

- Co... Como assim você matou o Levy? Você ficou louca? Está delirando? - Perguntei tentando entender a situação.

- Calma, Ana. - Thomas a abraçou . - explica o que aconteceu.

- ... Ele está no bar. - disse ao terminar de explicar resumidamente o ocorrido. Segundo ela, tudo aconteceu tão rápido, que dentro de 30 segundos ela o acertou com uma garrafa de vinho e o empurrou contra a estante tirando a sua vida. Era muito para assimilar.

Na mesma hora, fui em direção ao bar e fiquei horrorizada com a cena. Levy estava sentado com as costas encostadas na estante. Sua cabeça estava coberta de sangue, todos os cacos de vidro estavam em cima de seu corpo e um pedaço da garrafa de vidro estava exatamente como Anastácia falou. Chequei seu pulso, Levy estava morto.

Precisava pensar no que faria com o corpo, eu não podia entregar minha irmã. Ela fez tudo no calor do momento e eu também queria muito matá-lo, o filha da puta confessou ter nos traído depois de tudo que fez, e para que? Tudo por dinheiro.

Além da minha irmã ser presa, perderíamos tudo. Somos criminosos, apesar de apenas roubarmos o dinheiro de políticos e corruptos e tirarmos suas vidas. Costumávamos ter porte ilegal de armas, e nunca fomos descobertas, entregar esse assassinato só nos colocaria no fundo do poço. Me dirigi até o escritório.

Chamei Thomas para um canto.

- Thomas, temos que desovar o corpo.

- Como assim? Você enlouqueceu? - indagou.

- Não posso deixar minha irmã ser presa, olha pra ela. Ela está totalmente fora de si. - apontei para minha irmã que estava encolhida no sofá do escritório com uma coberta olhando para um ponto qualquer da parede - além disso, perderemos tudo se denunciarmos. Eu sei que você gosta da minha irmã a muito tempo, e se quer realmente protegê-la, é o que temos que fazer.

Thomas

Concordei com o "brilhante plano" de Ana, afinal, ela estava certa. Perderíamos tudo que conquistamos. Estou com elas desde o início de tudo, e todo esforço que tiveram seria em vão.

Pondo o plano em prática, botamos luvas e pegamos um saco plástico. Enrolamos o corpo de Levy sobre o plástico e o colocamos no carro, que já estava com os bancos plastificados. Eu e Ana partimos.

Anastácia

Chamei Kath, e expliquei o que aconteceu. Kath era minha melhor amiga e não hesitou em me ajudar, mesmo depois de saber que eu era uma assassina.

Ana e Thomas foram com o corpo para algum lugar, enquanto Kath e eu limpamos a bagunça que eu tinha feito. Kath fez a maior parte do trabalho já que eu ainda estava um pouco zonza.

Katherine

Depois de um longo tempo, terminamos. Era 5:00 AM quando chamei o cara que eu estava para levar Anastácia para casa.

Ao chegar na mansão de Anastácia, entramos no quarto e a coloquei no banheiro, ligando o chuveiro com a água fria.

Depois de alguns minutos ela saiu, vestiu um vestido solto e se jogou na cama. Eu estava cansada, e me joguei ao seu lado na intenção de esperar Ana chegar, mas acabei dormindo.

[enquanto isso... | casa do lago]

Ana

Temos uma casa no lago, onde ninguém conhece. Antes hospedávamos turistas, mas depois que abrimos a boate na cidade, fechamos a casa.

Pescadores, turistas, moradores da redondeza... Todos pararam de ir lá.

Era o lugar perfeito para desovar o corpo, já que o lago era nosso e ninguém o encontraria.

Chegamos lá e levamos o corpo até a ponte,e após enrolarmos uma grande pedra sobre o mesmo, o jogamos na água.

Eu observava o corpo do meu "irmão" afundar naquela água suja e escura e não pude conter as lágrimas. O que ele fez foi horrível, mas não merecia morrer.

Após Thomas me deixar em casa, fui até o quarto de Anastácia e a vi dormir juntamente com Kath, fechei a porta vagarosamente para que as mesmas não acordassem e fui para o quarto.

Tomei um banho, e ao ver que o relógio marcava 6:00 e o sol já estava nascendo, deitei-me na cama e adormeci.