Capítulo 27

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Cecília

Recebi uma mensagem de Matteo. A mensagem dizia:

— Elas estão atrás de você. Elas acham que me aliei a elas, mas não. Você precisa fazer alguma coisa antes que seja tarde para mim.

A mensagem me deixou confusa, mas não ousei perguntar. Elas pegaram Matteo? E se fizerem mal a ele? Eu não posso ficar de pernas cruzadas.

Essas meninas vão me pagar se machucarem o meu Matteo.

Meus pensamentos foram embora quando uma outra mensagem chegou. Era uma foto dos meus melhores funcionários que sempre me ajudaram com os negócios.
Que porra! Elas estão acabando com tudo. Quando eu puser as mãos naquelas garotas, eu vou matar cada uma delas. Pensei comigo sentindo a raiva me dominar por completo.
Segui a localização e saí, meu chefe não estava na cabana.

Era um sítio, um enorme sítio afastado da cidade que ao descer do carro e passar pelo portão notei a grande chácara à frente, depois de uma cerca.
Na cerca estava escrito Black, peguei meu celular e vi a foto. O local não era o mesmo, e eu tinha caído em uma emboscada.

— Droga! - foi a palavra que saiu da minha boca expressando minha raiva.

Rapidamente, virei na direção contrária e abri o portão, mas antes que pudesse adentrar meu carro, fui atingida por algo pesado na nuca que me fez cair. Uma tentativa falha de me levantar me vez ver com a visão turva a figura de uma garota e um par de botas pretas e longos cabelos ruivos, tomaram meu campo de visão antes que se apagasse completamente.

Acordei com uma forte dor e um peso no corpo. Me movi um pouco e pude sentir meus pulsos e calcanhares apertados e doloridos, eu estava presa a uma cadeira. Tentando recuperar meus sentidos e minha visão por completo, lembrei do ocorrido e logo avistei quatro pessoas conhecidas entrando pela grande porta de ferro.

Filhas da puta.

Victoria

Uma cena clássica de sequestro com a vítima amarrada a uma cadeira com a cabeça ensanguentada era o que eu via diante de mim.

— Olá, querida. - Anastácia disse e sorriu

O semblante confuso de Cecília, logo se transformou em frustração.

Cecília sorriu.
— Eu devia desconfiar... Vocês não pouparam a vida dos meus funcionários, e nem se eu pagasse fariam.

— Poupamos a vida deles, a sua é a única que não será poupada. - disse e sorri  de lado

— Você se acha muito esperta, não é?

— Sim. - Respondi.
— É por isso que você está aqui. - me aproximei e me abaixei na sua frente.
— Mas, eu devo agradecer ao seu sobrinho... Sem ele isso não seria possível. - sorri.

— Você acha mesmo que vai ganhar alguma coisa usando ele? - ela sorri
— Eu não dou a mínima para aquele moleque.

— Você é uma péssima mentirosa. Alguém que colocaria a mão no fogo por você não te afeta? - pergunto.

Cecília gargalhou.

— Matteo sempre teve tudo desde que a mãe dele morreu, mas ainda sim estamos juntos nessa. - seu sorriso sumiu.
— E aquela mensagem que você recebeu, foi tudo um plano. Eu mandei ele enviar aquela mensagem. Eu disse o que ele deveria escrever. Foi tudo planejado. - na mesma hora, Cecília trava o maxilar e grita histericamente tentando me atingir, mas seu gesto é impossível.

— Sua desgraçada, você não vai conseguir o que quer. - ela grita.

— Eu já consegui, Cecília. - me levantei.
— Ah, quero que saiba… seu sobrinho beija muito bem. - sorri de lado, mas a desgraçada interrompe meu sorriso e cuspiu em meu rosto.

Sede de Vingança: Máfia FemininaOnde histórias criam vida. Descubra agora