a culpa gira em seu estômago quando ele se mexe e você congela na porta, prendendo a respiração até que ele se vire e murmure algo que parece muito com o francês.
suspirando de alívio, você caminha pelo corredor até a cozinha em busca de chocolate quente. você pensa em cada noite sem dormir sem ele, volta a tentar todos os métodos concebíveis para dormir na ausência de sua voz, seus braços: sprays de lavanda, sons do oceano, contando ovelhas, tudo em vão. o caminho infalível - o próprio timothée - não é uma opção. sem chance. não depois de seu vôo de doze horas. não depois de quase adormecer durante o jantar. suas sacudidas e viradas são o oposto do que ele precisa agora.
então você está se esgueirando pela cozinha, mexendo silenciosamente o chocolate em pó em uma caneca enquanto os números vermelhos raivosos no micro-ondas marcam 02:34. Resignado ao seu destino solitário esta noite, você se arrasta até o sofá para se aconchegar sob o moletom com capuz que ele tirou há algumas horas. perdeu seu calor, mas seu cheiro está lá; você se enrola mais profundamente nele, deixando-o passar por você, deixando-o confortá-lo.
minutos ou horas passam, você realmente não pode dizer em seu estranho limbo. o chocolate quente acaba de deixá-lo nervoso; não há nada de bom na TV; e você tem quase certeza de que seu livro ainda está na mala de Timothée. não vale a pena arriscar recuperá-lo.
inquieto, você vai até a janela e abre as cortinas, atingido pelo luar pálido. mesmo a esta hora, nova york está cintilando de vida. você se enrosca no peitoril da janela, com o capuz do timothée como um cobertor em volta dos ombros, para ver os transeuntes voando pela rua, contando táxis no lugar de ovelhas.
"meu amor?"
você se assusta, a cabeça girando.
“Eu, uh, eu não conseguia dormir”, você explica, lendo a confusão total em seu rosto. o luar brilha sobre a cidade de nova york atrás de você e ele ainda pensa que você é a vista.
timothée acena com a cabeça sonolenta, arrastando os pés para a frente enquanto o capuz de seu moletom cai em seus olhos. “Eu acordei e você não estava lá. pensei que ainda estava no set. ”
você sorri tristemente, estendendo a mão para ele. “Sinto muito, querida. não queria te acordar. ”
ele se enterra em seu peito quando seus braços o envolvem, todos sons suaves, quentes do sono.
"Por que você não consegue dormir?" ele murmura em meio a um bocejo. seus braços são a única coisa que o mantém de pé agora, enquanto seus cabelos fazem cócegas na pele sensível de seu pescoço.
você fica quieto por um tempo, pressionando beijos em seus cachos selvagens. seus cílios vibram contra sua clavícula: o único sinal de que ele ainda está acordado.
ao seu silêncio, ele finalmente ergue os olhos, olhos sonolentos, mas observadores, ao encontrar os seus. ele conhece você.
"pesadelo?" ele expressa isso como uma pergunta, mesmo sabendo, porque isso lhe dá espaço para não falar sobre isso.
olhando em seus olhos, você está seguro. você acena com a cabeça, lágrimas repentinas brotando de seus olhos.
"Por que você não me acordou?"
“Não foi nem tão ruim”, você sussurra, fungando.
timothée franze a testa, brincando com sua orelha em advertência. "Chère, é para isso que estou aqui."
você ri através das lágrimas em seu ombro. porque ele está aqui , ele finalmente está de volta. ele enxuga suas lágrimas com as mangas de seu moletom, puxando você do peitoril da janela para um abraço.
"Apenas- simplesmente não parece justo acordá-lo depois que você acabou de voltar e está exausto e eu sou um adulto, posso cuidar de mim mesmo-"
“Eu sei que você pode, mas eu gosto de cuidar de você também”, murmura timothée, levando você lentamente de volta para o quarto enquanto você o segura com força. "A única coisa que não parece justa é o seu subconsciente fodendo com você."
ele sobe na cama, aconchegando-se sob as cobertas com você.
“Timmy, eu tentei. o sono não está acontecendo esta noite. honestamente - volte a dormir, estou bem no sofá, na verdade, deixe-me pegar meu livro. você levou com você— ”
ele te cala, sua mão quente esfregando para cima e para baixo suas costas suavemente. "apenas relaxe."
suspirando, você fecha os olhos, os dedos brincando com os dele sob as cobertas inquietamente.
“Não vai funcionar”, você diz, abafando um bocejo contra o pescoço dele, ouvindo o batimento cardíaco constante.
timothée sorri, voz suave e rouca enquanto canta, “votre âme est un paysage choisi, que vont charmant masques et bergamasques”.
seus olhos se abrem novamente, olhando para ele enquanto você ri de cansaço. "o que você está fazendo?"
"Canção de ninar", ele responde simplesmente, continuando sonolento, "jouant du luth et dansant et quasi, tristes sous leurs déguisements fantasques."
você balança a cabeça com ternura. "você é sério?"
"Você quer que eu continue ou não?" ele ri da surpresa em seu rosto.
“S'il vous plaît”, você ri, aconchegando-se ainda mais nele enquanto se sente mergulhando em sua melodia.
você foi para algum lugar no meio do segundo verso de clair de lune, mas timothée continua de qualquer maneira, sua voz gentil e braços seguros mantendo você a salvo; seu próprio apanhador de sonhos.
Feito por:timotta
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