C A P Í T U L O 48

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• Para uma melhor experiência deste capítulo, ouça Gorilla - Bruno Mars.

Julie Molina

O pijama que eu peguei para usar é de seda. Eu o ganhei no meu aniversário de 15 anos, porque minha mãe decidiu que eu era mulher o suficiente para ter um pijama de seda. Ele está um pouco pequeno hoje em dia, mas eu uso para dormir mesmo, então não ligo.

Termino de me vestir, passando as mãos no tecido delicado do short. Todo o pijama é rosinha bebê, com rendado preto nas bordas e nas alças da blusinha. É fofo. Antes de sair do banheiro, solto o cabelo do rabo de cavalo todo bagunçado, sorrindo para meu próprio reflexo.

Quando volto para o quarto, lá está Luke fuxicando meu bloco de desenhos de novo. Suspiro e fecho a porta, indo até ele na minha cama.

- Qual parte do "não toque no caderno" você não entendeu? - tiro o bloco de sua mão, o fechando na hora. Tenho que me lembrar de esconder isso toda vez que Luke vier para cá.

Ele olha para mim, observando cada movimento que faço ao caminhar até minha mesa de desenhos.

- Porra... - ele diz e eu viro a cabeça em sua direção. - Que pijama é esse e porque não usou isso antes? Porra...

Abro um sorriso malicioso, notando em seu rosto o efeito que esse pijaminha curto e bonitinho causa nele.

Depois de guardar meu caderno no lugar, volto para cama, onde me deito com Luke. Viro de lado e ele faz o mesmo, olhando para mim. Ele estica a mão e seus dedos tocam minha bochecha. A textura de sua pele é áspera e grossa, mas contra minha pele parece veludo. Suavemente, Luke vai passando os dedos por meu rosto, descendo pela minha mandíbula, até meu pescoço, me fazendo ficar arrepiada. Mordo o lábio inferior com força quando ele toca o colo dos meus seios, se aproximando bem devagar deles. Seu indicador circula meu mamilo por cima do tecido fino, deixando-o rígido, principalmente por sua mão estar gelada. Luke não desce mais como eu achei que faria, ao invés disso, ele segura meu braço e volta a subir até meu rosto de novo, onde afasta meu cabelo para poder olhar nos meus olhos. Nesse momento, eu estou toda arrepiada e sem fôlego, e isso só porque ele me fez carinho.

- Você queria me dizer alguma coisa antes da Sofia interromper... - Luke murmura, tão baixinho que eu acho que nem se eu estivesse sentada na beirada da cama, conseguiria ouvir. - O que era?

E voltamos a estaca zero. As borboletas fazem festa no meu estômago, e eu começo a ficar nervosa ao voltar a pensar no que tinha que dizer. Luke percebe meu nervosismo, porque segura minha mão e a ergue um pouco no ar, entrelaçando nossos dedos. Parte d mim acha que ele sabe bem do que quero falar.

- Muito bem... Como eu ia dizendo antes de ser interrompida; lá na Kayla, você disse para o Scott que eu era... - meu coração dispara. - Que eu era sua namorada. Estamos namorando?

Os olhos azuis esverdeados de Luke me observam atentamente, e eu começo a me perguntar se ele está achando que isso é uma pegadinha ou sei lá. Vai ser eu ouvi errado lá na hora, já estava caindo de bêbada mesmo.

- Por mais que eu tenha dito aquilo no calor do momento... - ele começa, e eu já sinto minhas esperanças se apagarem. - Você é minha namorada. Andamos por aí como namorados, trato você como namorada, eu chupo você como minha namorada...

Dou risada, sentindo que meu peito vai explodir de euforia. Não consigo nem descrever o alívio que eu estou sentindo por ele tratar o que temos como um namoro; era tudo o que eu queria. Posso até não ligar muito para essas coisas, mas sou uma pessoa muito preto no branco - ou somos uma coisa, ou não somos nada, e ponto final.

All For Us (JUKE)Onde histórias criam vida. Descubra agora