Já haviam se passado seis meses desde a partida de Mili. Ela havia realizado o sonho de encontrar sua mãe, ter uma família, um lar, uma base. Aquilo havia alegrado os meninos do orfanato, pois era bom ver os amigos realizando seus sonhos e alcançando a felicidade. Entretanto, os que ficaram no orfanato continuavam suas vidas e lutavam pelos seus próprios sonhos.
Pato seguia inventando profissões e experimentando atividades diferentes, sempre curiosa e inquieta. Georgina, com sua personalidade romântica e amorosa, continuava em sua busca pelo par perfeito, sonhando com grandes histórias de amor. Lúcia dedicava-se aos estudos com afinco e era a melhor amiga de Georgina, Pato e Alice, criando laços fortes e inseparáveis.
Alice, com suas aulas de piano, encantava a todos nos festivais de talento que aconteciam na cidade, sua música tocando o coração dos presentes. Nadia, com seu inabalável amor pelos animais, vivia brincando com Monchito, o adorável cachorrinho poodle que era o mascote da casa. Mosca, sempre fiel aos seus sentimentos, esperava com ansiedade o retorno de Delfina de sua viagem para a Espanha.
Guille, dedicado aos inventos científicos, tirava as melhores notas e era o orgulho da turma. Corcho, fanático por esportes, acompanhava todas as novidades da seleção argentina e do seu time de futebol preferido, trazendo entusiasmo às conversas no orfanato. Roña, o mais animado do grupo, era o DJ das festinhas e matinês que aconteciam no orfanato, sempre mantendo o clima alegre e festivo. Pedrinho, o menor da turma, estava super contente com o aviãozinho de controle remoto e o livro sobre aviação que havia ganhado no Natal.
Ariel, com sua alma doce e vibrante, seguia dirigindo o abrigo com amor e carinho. Preparada desde pequena para ser ymbryne e assumir seu próprio abrigo, ela sempre sabia o que fazer em qualquer situação. Supria as necessidades materiais de cada criança, mas também se preocupava com seu bem-estar emocional.
Naquela tarde, Ariel percebeu o desânimo pairando sobre os meninos, algo que não havia notado antes. Decidida a entender o que estava acontecendo, ela se dirigiu até a sala de estar e se sentou no tapete, olhando em direção aos meninos espalhados pelos sofás e puffs.
— Ei, pessoal, está tudo bem com vocês? — Ariel perguntou, sua voz suave, mas cheia de preocupação.
Os meninos trocaram olhares entre si, hesitantes em falar. Foi Guille quem finalmente quebrou o silêncio.
— Estamos com saudades da Mili — disse ele, sua voz baixa e triste. — É difícil quando alguém que a gente gosta vai embora.
Ariel sorriu gentilmente, compreendendo a profundidade daqueles sentimentos.
— Eu entendo, Guille. Mili faz falta para todos nós. Mas lembrem-se de que ela encontrou algo que procurava há muito tempo. E isso é maravilhoso.
Pato, sempre a mais otimista, tentou animar o grupo.
— E ela está feliz, né? Isso é o mais importante. Nós ainda temos uns aos outros e muitas aventuras pela frente.
Alice, ainda que sorrindo, parecia pensativa.
— É que a Mili era a líder do nosso grupo. Ela sabia o que fazer em qualquer situação.
— Vocês são todos líderes de alguma forma — Ariel comentou, olhando cada um deles nos olhos. — Cada um de vocês tem algo único a oferecer. Vocês se apoiam, se ajudam e isso é o mais importante.
Nadia acariciou Monchito, buscando conforto.
— E nós temos você, Ariel. Você sempre está aqui por nós.
— E sempre estarei, Nadia — Ariel respondeu com firmeza. — Sempre estaremos juntos, e juntos podemos superar qualquer coisa.
Pedrinho, segurando seu aviãozinho de controle remoto, olhou para Ariel com olhos brilhantes.
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A História De Ariel
FanfictionAriel Fraga é uma jovem doce e sonhadora, criada com o propósito de uma missão especial: cuidar e proteger crianças peculiares. Desde pequena, foi preparada para essa jornada, estudando e se capacitando para liderar um orfanato dedicado a essas cria...