CAUSA E EFEITO PARTE 4

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Enquanto Ariel acomodava-se no colchonete, Georgina se virou para ela com um olhar agradecido.

- Obrigada, Ariel. - Georgina murmurou, sua voz cheia de gratidão. - Isso significa muito para mim.

- Não precisa agradecer. - Ariel respondeu com um sorriso gentil. - É para isso que estamos aqui, para apoiar uns aos outros.

A noite avançava e o orfanato estava mergulhado em um silêncio tranquilo. O som leve da respiração de Vale enquanto ela dormia tranquilamente após o chá calmante preenchia o ambiente. Ariel, Georgina e Vale estavam agora em um pequeno espaço de serenidade, um momento de calmaria que contrabalançava as turbulências internas que cada uma carregava.

Ariel passou a mão pelos cabelos de Vale com um gesto protetor, enquanto Georgina observava com um olhar atento e carinhoso. Elas sabiam que o caminho para a recuperação emocional de Vale não seria fácil, mas estavam dispostas a enfrentar cada passo junto com ela.

Georgina, já deitada, olhou para o teto e pensou em como a vida delas havia mudado tão drasticamente. O segredo que descobrira sobre Cris e Vale parecia mais complexo do que uma simples lição de matemática, mas ela estava decidida a manter sua amiga e sua madrinha protegidas. Sentia que sua responsabilidade agora era não apenas apoiar Vale, mas também estar atenta às necessidades de Cris.

Ariel, percebendo a inquietação de Georgina, falou suavemente:

- Você fez um trabalho incrível hoje, Georgina. Você está fazendo a diferença na vida da Vale, e isso é algo especial.

Georgina sorriu, apreciando as palavras de Ariel.

- Obrigada, Ariel. Eu só quero que ela saiba que pode contar comigo, que ela não está sozinha, mesmo que esteja passando por tanta coisa difícil.

- E ela sabe disso. - Ariel respondeu, sua voz cheia de empatia. - E você também pode contar comigo. Estamos nessa juntos.

A conversa foi se apagando enquanto as três se acomodavam para dormir. A sensação de unidade e solidariedade pairava no ar, envolvendo as meninas em um manto de conforto e segurança.

Com o passar da noite, o orfanato continuava em paz, e as esperanças de um futuro melhor pareciam um pouco mais tangíveis. As dificuldades e os desafios ainda estavam presentes, mas a força da amizade e da solidariedade estava criando um refúgio seguro onde as meninas poderiam encontrar consolo e renovação.

Georgina, Ariel e Vale estavam prestes a enfrentar o amanhã, cientes de que, apesar das complexidades e das sombras do passado, a luz da amizade e do apoio mútuo iluminaria o caminho à frente.

Quando o dia seguinte amanheceu, Ariel foi a primeira a se levantar, ela tocou no rosto de Vale para conferir o seu estado de saúde e ao ver que a menina tinha um pouco de febre ela apanhou o remédio e para abaixar a febre.

Vale abriu os olhos e se sentou na cama.

- O despertador do colégio ainda não tocou?

Ariel, com a delicadeza que só uma fada ou um anjo poderia ter, ajudou Vale a se deitar novamente, ajeitando o travesseiro sob sua cabeça e puxando as cobertas para mantê-la aquecida.

- Não se preocupe com o colégio agora, Vale. O mais importante é você se recuperar completamente. - Ariel disse com firmeza, tentando esconder a preocupação na voz.

Vale piscou lentamente, sentindo o calor da febre tomar conta de seu corpo, mas também o conforto da presença de Ariel e Georgina.

- Eu não quero faltar mais aulas... - Vale murmurou, tentando se mexer, mas Ariel gentilmente a impediu.

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