CAUSA E EFEITO PARTE 5

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Vale franziu a testa, um pouco confusa com a ideia de escolher uma madrinha.

— Uma madrinha? Como eu faço isso? — perguntou, a hesitação evidente em sua voz.

Ariel se sentou ao lado dela, segurando suas mãos com ternura.

— A madrinha é alguém que você admira e em quem confia, alguém que pode te apoiar e guiar durante a cerimônia. Pode ser qualquer uma de nós, ou até mesmo outras pessoas que você conheça aqui no orfanato. O que importa é que você se sinta confortável e segura com a escolha.

Georgina se aproximou, animada.

— E sabe, Vale, você pode escolher não só alguém que te inspire, mas também alguém que te faça sentir forte. Pode ser alguém que já passou por desafios e que você acredita que pode te ajudar a enfrentar o que vem pela frente.

Vale olhou para as duas, percebendo o amor e a sinceridade em seus olhos.

— Eu lembrei de uma pessoa! — disse, a voz tremendo levemente, mas cheia de determinação. — Lembra da Cielo, a vizinha de frente? 

— Eu lembro. — Ariel soltou uma leve risada.  — O Tomas tá arrastando um caminhão por ela. 

— A mãe da Cielo era a minha ymbryne temporária, sabe, e antes de ir pro orfanato onde eu conheci a Martina, o Patricio e o Nacho eu morava na casa da Cielo e a Cielo era quase uma irmã mais velha pra mim, eu gosto muito dela.

Ariel sorriu com a lembrança, enquanto Georgina acenava com a cabeça, compreendendo a conexão especial que Vale tinha com Cielo.

— Isso é perfeito, Vale! — disse Georgina, animada. — Se você se sente assim em relação a ela, então é uma escolha incrível. Cielo parece ser uma pessoa forte e carinhosa, alguém que pode te apoiar em momentos importantes.

Vale sentiu um calor no coração ao pensar em Cielo. As memórias de risadas compartilhadas, conversas secretas e conselhos sábios a faziam sentir que havia feito a escolha certa.

— E como eu faço pra convidá-la? — Vale perguntou, sua voz agora mais firme, embora ainda um pouco nervosa.

Ariel apertou suas mãos com carinho.

— Você pode simplesmente falar com ela, dizer como se sente e convidá-la para ser sua madrinha. Pode ser algo simples, mas sincero. O importante é que venha do coração.

— Você pode até escrever uma carta! — sugeriu Georgina, com um brilho nos olhos. — Assim você pode expressar tudo o que sente e como ela é importante pra você.

Vale sorriu, a ideia da carta soando perfeita em sua mente.

— Eu vou fazer isso! — decidiu, a determinação em sua voz agora inegável. — Vou escrever uma carta bem bonita e convidar a Cielo.

As duas amigas aplaudiram e a encorajaram, e Vale sentiu-se envolta por um sentimento de apoio e amor. A ideia de ter Cielo ao seu lado na cerimônia a enchia de esperança e coragem.

— Obrigada, meninas! — disse, com um sorriso radiante. — Vocês me ajudaram muito.

— Estamos sempre aqui por você, Vale! — disse Ariel, segurando a mão dela com firmeza.

Georgina piscou para Vale, cheia de entusiasmo.

— E não se esqueça de contar pra gente como foi a conversa! Estamos ansiosas para saber!

Vale assentiu, seu coração leve e cheio de expectativa. Ela começou a escrever a cartinha para Cielo e escolheu seu melhor vestido para ir nesse encontro. 

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