UMA CHANCE PARA A INFÂNCIA PARTE 2

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Yago sorriu sonolentamente, sentindo-se envolvido pela melodia suave de Ariel. Seus olhos se fecharam lentamente enquanto ele se entregava ao sono, carregando consigo a promessa de um futuro melhor.

Enquanto o avião voava em direção a Buenos Aires, Ariel continuou a cantar para Yago, Jimena e Mosca, embalando-os em uma sensação de paz e segurança. Ela sabia que a jornada deles estava apenas começando, mas estava determinada a estar ao lado deles em cada momento. 

Quando finalmente pousaram em Buenos Aires, a cidade acolheu a nova família com seus braços abertos. Ariel guiou as crianças através das ruas movimentadas, aproveitando os pontos turísticos e as belezas da cidade. Yago, Jimena e Mosca olhavam ao redor com admiração, encantados com a energia vibrante do lugar.

Mosca olhou a Jimena e viu que a menina sorria encantada. 

— É engraçado como a cidade parece ainda mais bonita de que eu me lembrava.  — a menina falou com simplicidade. 

Mosca abraçou a irmã. 

— É, realmente parece ainda mais bonita e reluzente. 

Ariel assentiu em concordância. 

— Buenos Aires é maravilhosa, tanto os bairros normais quanto os bairros peculiares. 

Yago sorriu animado. 

— Existem bairros peculiares? 

— Sim, existem 6 bairros peculiares, 4 de classe média e 2 para baixa renda.  — explicou mosca. 

Finalmente, chegaram ao seu destino: um belo casarão no coração de Buenos Aires, que seria o novo lar deles. Era um lugar acolhedor e cheio de vida, com quartos espaçosos e uma atmosfera familiar. Ariel apresentou as crianças aos outros moradores do casarão, que os receberam calorosamente.

Quando Jimena abriu a porta, uma chuva de papel picado recaiu sobre seus ombros.  Sorrisos e abraços foram compartilhados e as meninas do orfanato a cercaram de amor e carinho.

— Jimena, amiga, a gente quase morreu do coração!!! — Georgina abraçou a menor de cabelos negros. 

— É verdade, quando a Esperanza avisou que você tava perdida a gente quase teve um troço. — Pato falou com simplicidade. 

— Ah, eu acho que vocês vão afogar ela com todo esse falatório. — ponderou Martina. — É um prazer conhecê-la, eu sou a Martina. 

— O prazer é meu.  — Jimena cumprimentou a novata. 

— Ah, Jimena, que legal que você voltou, agora a gente pode brincar de Barbie.  — Alice falou com sua voz inocente. 

Jimena sorriu ao ouvir a sugestão de Alice, seu coração se enchendo de alegria por estar de volta. Ela olhou ao redor, absorvendo cada detalhe daquela recepção calorosa, e se deu conta de que, apesar de tudo o que havia acontecido, estava em casa.

— Claro, Alice! Vou adorar brincar de Barbie com você. — respondeu Jimena, acariciando o cabelo da menina com carinho.

Georgina, Pato, e as outras crianças continuaram a conversar animadamente, enchendo o ambiente de risos e vozes alegres. Ariel observava a cena com um sorriso satisfeito, sentindo-se orgulhosa de como Yago estava se adaptando ao novo lar e também estava satisfeita com a reintegração de Jimena. 

Mosca, que estava ao lado de Jimena, olhou para Ariel e, com os olhos brilhando de gratidão, disse:

— Obrigado por tudo, Ariel. Nunca vou esquecer de tudo o que você fez por mim e pela minha irmã, você apostou suas fichas em nós mesmo quando a gente não era ninguem, eu lembro do dia que a gente se conheceu na rua, era 24 de dezembro de 1994 e a gente não tinha o que comer. Você deu comida pra gente e abraçou a gente, eu te amo. 

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