Jimena caminhava sentindo o sol ardendo em sua pele quando um mico-leão-dourado se aproximou e começou a brincar com ela. Ela se irritou com o animal e ele começou a correr com o seu chapéu. Ela seguiu o animal e chegou a uma espécie de caverna de onde saiu um menino de cabelos loiros e olhar inocente.
— Ei! — gritou Jimena, ofegante e suada. — Esse mico pegou meu chapéu!
O menino, que parecia ter a mesma idade de Jimena, olhou para ela com curiosidade. Ele usava roupas simples e estava descalço, mas havia algo nele que transmitia uma sensação de tranquilidade e confiança.
— Meu nome é Yago, — disse ele com um sorriso amigável. — A Jane gosta de brincar com os visitantes. Não vem muita gente por aqui, sabe?
Yago se aproximou de Jane com passos suaves e, com um movimento ágil, recuperou o chapéu de Jimena. Ele se virou e entregou o chapéu a ela.
— Aqui está, — disse Yago, ainda sorrindo.
Jimena pegou o chapéu, ainda tentando recuperar o fôlego.
— Obrigada, Yago. Eu sou Jimena. Estou perdida e não sei como voltar para a cidade.
Yago assentiu, compreendendo a situação.
— Venha, Jimena. Vamos para a minha caverna. É um lugar seguro e podemos descansar enquanto pensamos no que fazer a seguir. Tem uma estrada velha, mas ela fica perto do acampamento dos acólitos.
Jimena seguiu Yago até a caverna. Ao entrar, ficou surpresa com o quão acolhedor o local parecia. Havia cobertores, alimentos e até mesmo algumas flores decorando o espaço. Era evidente que Yago tinha feito daquele lugar um lar.
— Como você veio parar aqui? — perguntou Jimena, curiosa.
Yago suspirou e se sentou em um dos cobertores.
— Papai era arqueólogo e faleceu há muito tempo. Desde então, tenho vivido na floresta. Aprendi a me cuidar e a viver em harmonia com a natureza. Mas, às vezes, sinto falta de estar com outras pessoas. Não consegui entrar em contato com as ymbrynes ainda. Mas os animais são meus amigos e eu falo com eles.
Jimena sentiu uma onda de compaixão por Yago. Ela se sentou ao lado dele, tentando pensar em uma maneira de ajudar.
— Eu entendo como você se sente, — disse ela suavemente. — Minha mãe morreu recentemente, e eu me perdi fugindo dos acólitos. Não sei se alguém está me procurando, mas espero que sim.
Yago olhou para Jimena com simpatia.
— Tenho certeza de que estão. A floresta pode ser um lugar assustador, mas também é cheia de magia e surpresas. Vamos encontrar uma maneira de sair daqui juntos e achar as ymbrynes amazônicas. Dizem que elas são muito acolhedoras e gentis.
Jimena sorriu, sentindo-se um pouco mais esperançosa. A presença de Yago era reconfortante e ela sentiu que, juntos, poderiam encontrar uma saída.
Enquanto o dia avançava, Jimena e Yago compartilharam histórias de suas vidas. Jimena contou sobre sua mãe e sobre os amigos no Cantinho de Luz. Yago falou sobre suas aventuras na floresta e sobre como ele tinha aprendido a sobreviver.
À medida que a noite se aproximava, Yago sugeriu que eles descansassem e recuperassem as forças.
— Amanhã de manhã, podemos explorar a floresta e procurar sinais de alguém que possa nos ajudar, — disse Yago, estendendo um cobertor para Jimena.
Jimena aceitou o cobertor e se deitou, sentindo-se grata por ter encontrado um amigo em meio à escuridão da floresta.
— Obrigada, Yago. Estou feliz por não estar sozinha, — disse ela, fechando os olhos.
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A História De Ariel
FanfictionAriel Fraga é uma jovem doce e sonhadora, criada com o propósito de uma missão especial: cuidar e proteger crianças peculiares. Desde pequena, foi preparada para essa jornada, estudando e se capacitando para liderar um orfanato dedicado a essas cria...