AMOR DE CADEIA

20

Agosto

* Babi on *

M - como vc se relaciona com o dono do morro da Rocinha Bárbara Passos? - grita.

Puta que pariu.

B - quando a gente ficou ele não era dono do morro.

M - eu vou mandar prender aquele fdp.

B - NÃO, não fala assim da mãe dele ela e uma mulher incrível, batalhadora e guerreira, e eu duvido muito que e os seus amigos policias corruptos de merda consiguiria invadir a Rocinha. - ele da um tapa na minha cara.

M - apartir de hj nem para faculdade vc vai mais.

B - e apartir de hj esqueça que vc tem uma filha. - disse chorando, com todo o desdém possível.

Dei as costas e corri para o meu quarto e chorei a noite toda.

11 de Novembro

Não vejo Victor desde que eu fui no morro e meu pai descobriu e pegou meu celular, tá tudo tão difícil, minha vida tá um inferno, me arrependo de não ter fugido com Victor quando eu tive tempo.

Ca - hj é meu aniversário tio é eu só quero passar a noite com a minha amiga. - percebo o tanto que a Carol está tentando disfarçar o ódio que ela sente pelo meu pai.

Depois dela pegar pela 28° vez ele diz.

M - tá bom Carolina. - bufou e eu suspirei.

* Coringa on *

Quatro meses sem ver a Bárbara, meu coração se aperta mais sem notícias dela, principalmente pq ela não sai de casa e a culpa é minha.

Nem para a faculdade ela vai mais tudo por causa do pnc do pai dela, não sei oq ele tá fazendo com ela e isso está me deixando louco.

A vontade que eu tenho de ir até lá e meter uma bala na testa dele e muito grande mas a influência dele é bem maior.

Aproveitei que e aniversário da Carol é fiz um plano para conseguir ver a Babi, não sei se vai dá certo, estou aqui esperando e torcendo para que de tudo certo.

Até aluguei uma casa beira mar, tem que dar certo, fico andando de um lado para o outro, quero tanto vê-la tanto.

Assim que nossos olhos se encontraram ela coloca o casaco na poltrona e vem correndo em minha direção a envolvo em meus braços, em um abraço apertado.

Ela me olha e me beija retribuio morrendo de saudades do seu beijo.

Nossas línguas se encaixam tão bem, nossos lábios se movimentam no tempo e na medida certa, só que a maldita falta de ar chega para impedir que continuemos nosso magnífico beijo, ela me olha e deita a cabeça no meu peito.

Ouço o suspiro de Bárbara e percebo que ela chorava, segurei firme o seu rosto e selei nossos lábios.

B - pq sinto que é uma despedida? - disse chorando.

C - pq talvez seja.

B - não Victor por favor. - limpei as lágrimas dela.

C - toda semana tá tendo invasão Babi, preciso acabar com isso, evitei ao máximo possível te afastar mas agr não dá mais meu amor. - disse segurando o rosto dela. - tem invasão que eu perco mais de 80 homens não dá para continuar assim.

B - eu entendo, e eu sei que a culpa.

C - a culpa não e sua e dele meu amor.

Continua...