Notas iniciais
Boa tarde ...
Eu pretendia postar no dia 27 mas ele não estava pronto, infelizmente
O dia 27 de janeiro é o dia de lembrar as vítimas do holocausto.
Foi o dia em que os judeus foram libertados pelos russos de Auschwitz, onde se descobriu as atrocidades nazistas durante a guerra.
A história tem q ser contada para que nunca seja esquecida.#NosLembramos
#WeRememberBoa leitura
Berlim, 1937
Entrou pela porta dos fundos, como já era costume, sua avó deveria estar na cozinha, preparando o jantar da família Uchiha. Apesar da idade ela gostava muito do lugar e dos patrões, sempre foram bons para ela e considerava os filhos do casal como netos. E mesmo com os boatos que existiam sobre eles, ela tinha carinho por eles todos.
Chyo trabalhou a vida toda para os Uchihas, praticamente criou os dois meninos, os tratava como netos, assim como tratava Sasori, os dois viviam fugindo para os aposentos da idosa para ouvir suas histórias e comer as coisas gostosas que ela fazia para os três. O carinho era tanto que Itachi e Sasuke chamavam ela de vovó, assim como Sasori.
Mas com a guerra os dois garotos se afastaram muito do que eram, Itachi e Sasori já não eram mais melhores amigos como antes, segundo Sasori explicou a avó ele era apenas um soldado, não poderia se misturar com o alto escalão, como era o caso de Itachi, que agora era da Gestapo. Os dois garotos já não a procuravam mais e ela se sentia triste por isso, sentia falta das brincadeiras de Itachi e do jeito sisudo de Sasuke, mas essa agora era a vida deles.
Nesse dia Sasori fora ver a avó, após dias enfurnado no quartel ele estaria de folga, e nada melhor do que comer a comidinha caprichada de dona Chyo.
- Vovó cheguei - o rapaz ruivo e alto entrou pela porta da cozinha e encontrou a avó tirando um belo bolo do forno. Ele ainda estava com uniforme verde e as botas, mas sem o quepe.
- Aí que bom que você chegou... - disse sorrindo para o neto - pode me ajudar na louça.
- Ora Vovó passou mais de duas semanas longe e agora a senhora quer me pôr pra trabalhar... - reclamou fazendo bico. - como tem passado aqui?
- Ah querido você sabe não é? Sozinha sem meus meninos para me encher a paciência.
- Então está em paz, não é ?- ele retorquiu sabendo que ela iria xingá-lo.
- Ah Sasori, quando foi que eu gostei de ficar sem vocês e no silêncio. - como esperado levou um sermão - sempre gostei de ter crianças brincando à minha volta, você, Itachi, Deidara e Sora provocando Sasuke e Naruto.
- Vovó cuidado com as palavras - ele repreendeu a avó, o fato de citar um judeu e um cigano dentro da casa de oficiais alemães podia colocar a avó em maus lençóis.
- Ora não me corrija menino - disse nervosa e ele sabia que ia começar o sermão de novo. - Eles são pessoas como qualquer um, vocês sempre foram amigos qual o problema em falar deles. Acho isso um absurdo, onde já se viu. Sempre brincaram juntos e agora eles são animais por acaso?
- Vovó... entenda, o partido ...
- Dane-se o partido - interrompeu a idosa.
- Vovó não diga isso, alguém pode ouvir, pelo amor de Deus. A senhora seria fuzilada. - começou a se perguntar se a idosa não estava ficando senil.
- Acho injusto essa situação meu filho, onde já se viu tratar pessoas que eram amigas como lixo - cochichou para ele. Sabia que expor seus pensamentos dessa forma seria perigoso. - ainda mais que seu pai tinha uma dívida com o pai de Sora.
- É eu sei vovó, mas o melhor a fazer para Sora e a família é fingir que não sabemos de sua condição... pelo menos por enquanto.
- Até quando você acha que isso vai ser viável Sasori? Vai chegar a hora que você vai ter que agir. O que você pretende fazer ? - Sasori e Deidara na verdade faziam parte da organização secreta Akasuki, que procurava ajudar judeus a fugirem da Alemanha de alguma forma. Sasori tentava pensar em um meio de ajudar Sora e a família, mas não podia chamar muita atenção, afinal ele não queria que ele e a avó fosse presos ou mortos por serem "traidores", na verdade ele nunca contou sobre a organização para a idosa, com medo de que ela mencionasse algo na casa dos Uchihas, afinal Itachi fazia parte da Gestapo, e ele com certeza não pouparia ele e a avó, por motivo nenhum, nem mesmo por ela ser como uma avó para ele.
- Vovó no momento certo eu saberei como agir. Antes disso fique despreocupada. E me dê um gole de café, por favor.
- Hum... cada dia mais mandão... - a velha resmungou enquanto entregava uma xícara de café para o neto.
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Vidas no porão
RomanceNo século XX o mundo passou pela pior guerra já vista, foram cerca de 40 milhões de civis perderam suas vida. Porém muitos deles foram perseguidos por uma regime fascista que perseguia e matada minorias. Na tentativa de fugir dessa perseguição Sa...