Capítulo 23

99 14 7
                                    

NOTAS INICIAIS

Oie gente
Peço mil desculpas por demorar tanto para postar esse capítulo. Ele foi extremamente difícil de desenvolver, por tantos motivos... eu chorei copiosamente enquanto escrevia, e achei q não conseguiria ir até o final.

⚠️AVISO⚠️
Esse capítulo contém gatilhos de suicídio e uma das piores formas de assassinato da segunda guerra. As câmaras de gás.

🌸🌸🌸

Auschwitz, Maio de 1942



Dois toques na porta, esse era o sinal de Kisame, ela abriu sentindo a apreensão e as mãos úmidas de suor, mas para seu desespero não era o Kisame, muito pelo contrário. O uniforme preto, cheio de condecorações indicava que aquele era um dos subordinados de Itachi, mas ele não estava ali e ela era apenas uma judia tentando fugir. Deu dois passos para trás sentindo seu coração disparar com força.

– Bom dia … – o homem encarou a barriga saliente – Senhora. – Ela não conseguiu responder, estava petrificada. – Vejo que pretende fazer uma viagem… espero que eu não esteja atrapalhando. – Se afastou devagar, tremendo. – Levem-na. – ordenou o homem aos soldados atrás dele.

Sem nenhuma cerimônia eles a puxaram pelo braço, ela começou a gritar e a espernear, enquanto Kakuzu olhava a carta que estava entre seus documentos falsos. Suspirou e sorriu, enquanto ela continuou se debatendo, até um dos soldados acertar sua cabeça e ela desmaiar.



A enorme sala branca fez seus olhos arderem por causa da claridade, para seu desespero ela estava em Auschwitz, de novo. Se levantou rápido demais e sua cabeça doeu, tocou o ventre e seu filho estava ali.

Por enquanto.

Mas a camisola de procedimento cirúrgico a deixou em pânico, logo uma mulher vestida de branco apareceu. Uma enfermeira, com certeza judia, pois tinha o cabelo raspado.

– Moça, o que você está fazendo de pé?

– Eu preciso sair daqui! – disse desesperada – Tragam o general, eu preciso sair daqui.

– Fica calma, por favor. – Izumi olhou para ela, ia implorar para que ela a deixasse fugir, mas antes de dizer qualquer coisa a enfermeira começou - eu preciso tirá-lo…

– Não! - pediu já chorando - Não, por favor!

– Se eu não fizer isso você vai morrer.

– Eu não quero! Ele é tudo que eu tenho.

– Mas você não vai ter nada se continuar essa gestação.

– Chamem o general, digam a ele que eu estou aqui.

– Aqui não tem general – ela cochichou. – Quem manda aqui é o doutor Orochimaru. Se ele te ver assim, vai mandá-la para Birkenau. Por favor… me deixe ajudá-la. - chorando e tremendo, Izumi negou.

– Você esta saudável, pode continuar trabalhando. - O choro desesperado acabava com o coração da enfermeira. Muitas que passavam por ali aceitavam o procedimento, pois as circunstancias em que haviam concebido eram horríveis, mas essa mulher não, independente de quem fosse o pai, ela o amava.

– Deixei meu filho, por favor. - Tremia e abraçava a barriga, como se isso fosse a salvar de qualquer coisa. Não havia mais nada que pudesse ser feito pela enfermeira, Izumi não abriria mão do filho apenas para que ela vivesse.

🌸

Ele se perguntava se ela já havia saído dali, se ela já estaria longe, tentava não deixar transpassar seu nervosismo, ainda mais para o médico que veio de Berlim. Itachi observava cada um dos que passavam nas filas, temendo encontrar Izumi em qualquer uma delas, Kenzo já havia sido mandado para o bloco médico e estaria a salvo, e Shikamaru se misturou a todos os outros. Olhou a sua volta e haviam soldados movimentando os prisioneiros, alguns já haviam sido mortos, apenas por sairem da formaçao da fila, atos que atormentavam Itachi, ele trincava os dentes de raiva, mas qualquer movimento em falso podia valer a vida dele, de Izumi e de qualquer um envolvido com ele.

Vidas no porão Onde histórias criam vida. Descubra agora