Capítulo 12

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Notas iniciais

Oi Oi
Andei meio sumida, pois estou con alguns problemas de saúde, mas tô voltando para as histórias
Essa em particular é  mais difícil de escrever então ela costuma demorar um pouco mais. ❤️

Essas eram os nomes dados a polícia e ao exército alemão. Cada um tinha uma função e nossos personagens estão espalhados por essas organizações
SS: era a policia do Estão alemão, no começo era um esquadrão para proteger o ditador alemão e que depois de começar a guerra foram também designados para os campos de concentração. (Itachi)
Gestapo : era uma polícia secreta alemã, ela tinha como função combater a espionagem e etc. Mas que no final acabava caçando judeus. (Sasuke)
Wehrmacht: era o exército alemão, aquele que ia pro front, para as batalhas de linha de frente. (Sasori)





Berlim, Março de 1941

A noite fria caiu e a enorme fogueira queimava a sua frente, refletindo a luz alaranjada em sua pele branca e seu cabelo negro, o uniforme da Gestapo coberto pelo sobretudo de couro, o keep e as medalhas no peito refletiam o brilho, mas seu portador nao se sentia tão orgulhoso quanto as medalhas indicavam. 

Via os livros serem tristemente queimados sob a luz do luar, títulos dos mais variados, alguns histórias, outros são estudos, mas para Sasuke eram livros sendo queimados sem a menor necessidade, uma barbárie, tudo para agradar um ditador ignorante e incompetente. 

Crianças estendiam a mão para frente saudando um cartaz com a foto do fuhrer, visivelmente instruídas por uma professora que lhes ensinou que isso era o mais correto a se fazer. Sasuke não a julgaria, afinal seu pai ensinou o mesmo a ele e a seu irmão, ensinou a eles que era uma questão de sobrevivência, se dobrar para que eles não morressem como traidores.

Em sua reflexão imaginava se uma docente se sentiria confortável em ver livros queimarem, livros até mesmo para crianças com histórias inocentes mas que acabam sendo tratadas com ofensas à superioridade ariana. 
- Eles estão bem ? - a fina voz de Hinata o tirou de sua reflexão.  Ela sussurrou sem olhar para ele, na intenção de ninguém ouvi-los ou perceberem que se comunicavam. 
- Sim. - a típica resposta sucinta de Sasuke. 
- Se eles precisarem, pode me chamar. Estarei aqui. 
- Certo - Ele disse, olhou para ela e viu Hanabi se aproximando. - ele mandou te entregar -  estendeu uma carta de Naruto, antes que a irmã chegasse muito perto e percebesse. 
- Oi Sasuke! aproveitando que meu irmão não atrapalha vocês? - as palavras  da caçula  dos Hyuugas assustou o Uchiha.Neji estava ali ? 
- Não, eu … já vou indo.- Hinata havia perdido a cor ao olhar para a irmã. 
- Desculpe, eu atrapalhei o encontro de vocês, né? Quando não é o Neji sou eu - Sorriu. - O que foi ? você tá pálida… tá passando mal? 
- N-não é … - ela gaguejou nervosa, Hinata era muito tímida e o irmão conseguia fazê-la se desesperar, Sasuke tentava imaginar o motivo. 
- Neji não está aqui não. Calma. Ele viajou para Munique agora à tarde… ai Hina você é muito neurótica. 


A jovem médica respirou aliviada, Sasuke diria que se ela não estivessem em público ela cairia de joelhos, mas mesmo com tudo isso ainda era um problema, Hanabi era nova e bisbilhoteira, se apenas abrisse a carta veria que ela está escrita em Romani, e com certeza diria ao velho Hiashi. Apenas rezou para que Hinata escondesse a carta corretamente.
- Você não foi para a conferência em Munique ? - Hanabi perguntou curiosa, afinal Sasuke era de uma família muito conhecida e importante do partido. 
- Meu irmão foi. - ele respondeu sem paciência. 
- Nossa, só ele ? Papai e Neji foram hoje a tarde, achei até que a Hina ia também. 
- Eu e meu irmão estamos em posições diferentes agora. Não preciso estar lá e meu pai está na França. Agora se me derem licença, eu preciso ir para casa.Se puder, vá visitar a vovó Chiyo, ela sente sua falta. - Direcionou as palavras a Hinata, se despediu e saiu andando, rumo a casa. Deixando as duas irmãs sob a chuva fina de fuligem da fogueira de livros. 
- Ai não sei como você gosta dele. Ele é muito grosseiro.
Hinata ignorou o comentário e seguiu de volta para casa, imaginando se conseguiria ir até lá durante os dias em que o pai estiver fora. 

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