♡ cap.6 - entre vampiros

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O dia começou com Klaus revelando ao Conselho que Damon era um vampiro. Ele, impaciente e teatral, tornou esse o primeiro e o único tema daquela reunião. Relatou que, durante seu passeio noturno, vira Damon atacar Rapunzel Donovan.

Ninguém ali percebeu que o veneno em suas palavras não estava em cercear o poder de Damon Salvatore e reiterar o seu. O que o motivou, na realidade, foi a possível vítima.

Algo nela que Klaus não sabia exatamente o que tocava seu coração e, por ora, despertava uma possessividade instintiva, como se mantê-la por perto fosse uma questão de auto preservação.

—•°.-ˏˋ ♡ ˊˎ-.°•—

"Tira isso da minha cara", Rapunzel disse, afastando o elefante de pelúcia que Jenna balançava.

Ela virou o animal para si e fez uma falsa expressão de ofensa. "Assim ele fica triste, Punzie."

Rapunzel revirou os olhos, tanto frente à atitude da amiga quanto ao apelido usado por ela. Ela ainda era a única que a chamava assim.

Ela se sentiu grata por nunca ter tido um delírio relacionado aos seus bichinhos de pelúcia. Eles eram específicos para pessoas neuroatípicas e sua composição ajudava a focar na realidade.

Jenna cuidadosamente colocou Álbegra dentro da mochila e a fechou. Levantou-se e pôs as duas mãos na cintura. "Tudo guardado. Já podemos ir?"

Rapunzel deu de ombros. "É. Acho que não tenho mais o que fazer aqui."

Entretanto, ela nada fez em seguida. Jenna deixou-a ficar em silêncio. Por toda a manhã e pela tarde, ela a acompanhou em exames. Primeiro, foi necessário averiguar se sua integridade física estava bem, e, depois, seguiu-se uma série de testes para entender o que havia acontecido – um simples acidente causado pelo estresse, uma alucinação, ou, no pior caso, um episódio psicótico.

Jenna, no entanto, sabia o que acontecera. E agora ela precisava descobrir qual foi o vampiro infeliz que atacara Rapunzel.

"Oh, céus", ela quebrou o silêncio. Rapunzel franziu as sobrancelhas, e Jenna justificou sua reação apontando para a porta. Lá, estava Klaus.

Rapunzel encolheu os ombros. "Como você...?"

"Notícias correm", ele respondeu, objetivamente, já adentrando no recinto. "E eu vim ver como a milady está."

"Estou me sentindo eu mesma." Ela mordeu o lábio inferior. Começou a brincar com seus dedos.

Klaus sentou-se ao lado dela, onde Jenna estivera minutos atrás. Ela apertou a unha do dedo maior de uma mão contra a palma da outra e Klaus pousou sua mão sobre a dela. Ela parou, mas sua respiração perdeu o ritmo por um instante. "Conte pra mim o que houve."

Ele soou tão preocupado e afetuoso que ela – após uma discussão interna cuja demora ela era incapaz de medir – resolveu falar. "Eu... fui caminhando para casa ontem. Um atalho, pela estrada perto da floresta, sabe?" Ele assentiu. "E aí... eu tive uma alucinação." Ela engoliu em seco. "Bem assustadora. Me assustei. Tropecei" – ou me joguei no chão, ela pensou – "e bati a cabeça. Alguém deve ter me encontrado, e ligado pra Jenna, que é meu número de emergência." Ela não contaria sobre a alucinação que tivera. Repetir a história para Jenna, médicos, seu psiquiatra e sua terapeuta foi mais que suficiente. A cada vez soava mais vergonhoso, e ela não pretendia se sentir humilhada novamente.

Klaus olhou para Jenna, que o encarava grosseiramente. "Acho que você deve ir embora."

"Nós já estamos indo, de qualquer forma", replicou Rapunzel.

Rapunzel • N. MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora