Cecilia **
Acordara cedo,acho que já se passaram das onze da manhã. Vesti meu hobbie de seda branco,calcei minhas pantufas rosas,e caminhei em direção ao banheiro. Escovei meus dentes,ligeiramente.lavei o rosto,tentando disfarçar os enxados que haviam surgido por eu ter chorado muito na noite anterior. Sai do quarto, e desci vagarosamente pela escada,ao perceber que papai falava ao telefone, com uma expressão nula no rosto, e com a voz grave. Parei no terceiro degrau e tentei ouvir oque falavam.
-já disse.ela não esta!seu miserável jamais volte a ligar para ela! Eu juro que ... Olha,que eu acabo com a sua raça, e troco de telefone para você nunca mais descobrir. Impetulante! Não volte mais a ligar seu desgraçado! Derrepente Jonathan chegara na sala,e me vira tentando achar algo significativo para tudo aquilo.
-ora, ora. Ouvindo a conversa do papai ceci?que coisa horrível! Papai imediatamente virou-se para trás,e assustado por mim ver, colocou o telefone no gancho,e por um momento nos olhou preucupado.
-eu já lhe disse filha,é muito feio ouvir a conversa dos outros. Jonathan sorriu,e saiu rebolando para o jardim.
-conte-me outra papai.com quem falava no telefone?-cobrei,terminando de descer as escadas. Ele coçou a cabeça,tomada por fios grisalhos,e tentou aliviar sua expressão carregada no rosto.
-com...ah não te interessa! Vá tomar seu café, alias,não esta atrasada para o emprego?
-não vou mais trabalhar,lá.-respondi no ato.-e nem tente me convencer.vou procurar outro emprego. Papai riu,fazendo pouco caso.
-tudo bem,você é quem sabe. Só sei que sam não ira gostar nada disso.
Uma ira me tomou conta,só de ouvir seu nome,sendo declarado.
-ele não tem que achar nada.dane-se a opinião dele. Não vou mais,e pronto acabou.fim de papo. E se ele vier me procurar,diga que sai! Caminhei pisando duro para a cozinha,ouvindo os risos do meu pai se prolongarem.
Encontrei mamãe dando dicas de como iria ser nosso almoço a partir de hoje,com coisas mais lights e saudáveis.achei estranho,já que isso nunca acontecera e só comiamos besteira.
-bom dia mãe. Dei-lhe um beijo no rosto,e me sentei na cadeira.
-querida,precisamos conversar sobre ontem. Seu pai não chamou sua atenção mais agora vou chamar!-ela disse seria,dispensando berê.-vamos para a salinha dos fundos. Me levantei,com fadiga,e caminhamos para um corredor. Entramos em uma salinha,virando a esquerda,onde geralmente recebiamos visita. Me sentei sob a cama simples de madeira,e Cruzei as pernas.
-diga-me. Mamãe suspirou seria,e se sentou ao meu lado.
-aonde esteve ontem? Engoli a seco,mas com minha mãe eu não tinha segredos.
-com o sam. Ela estreitou os olhos,simulando na mente"eu já desconfiava" e levou as mãos para a testa.
-oque vocês fizeram?quer dizer como?e porque você ficou lá?alias você disse que ia entregar uma coisinha e veja bem,durmiu lá.ai meu deus,vocês... Assenti com a cabeca,quando ela soltou um gemido de desgosto.
-pelo menos se protegeram? Neguei, sentindo uma eletricidade percorrerem por meu corpo,sentindo necessidade,e um ardor crescer em meu coração,só de pensar nele dentro de mim novamente.oque este homem estava fazendo comigo?
-esta grávida?
-ah por deus mamãe!-disse agudamente,me levantando.-não,não estou gravida,e aliás,nunca mais quero me lembrar que algum dia,eu...ah você sabe. Ela me fitou com compaixão,e me tomou em seus braços.
-ele é um bom menino minha filha.
-mais foi um péssimo companheiro. No outro dia havia me deixado sozinha e escrevido um bilhete,dizendo que tudo foi um erro!maldito desgraçado! Mamãe assustada,afagou os meus cabelos.
-tudo bem se acalme. Olhei para seus olhos verdes,e encontrei paz,uma calmaria que só seu colo poderia me dar. Me aconcheguei em seus braços, sentindo seu calor genético me consumir.
-te amo mamãe. Ela sorriu,balbuciou "eu também" e meus olhos se fecharam,ouvindo a cantoria dos pássaros,e o sol raiando naquela saleta.
-patroa?-a voz de berê ecoou na salinha,seguida por duas batidinhas na porta.. Me levantei imediatamente secando as poucas lagrimas que ainda restavam. Mamãe abrira a porta,sorrindo.
-o doutor bars acabou de chegar. Mamãe assentiu,a-dispensando.
-oque o senhor bars faz aqui a esta hora?-perguntei,arrumando o hobbie. Mamãe afagou meus cabelos, e secou algumas lagrimas que ainda insistiam em marejar os meus olhos.
-ah querida,negócios.não se precucupe. Ela se retirou,enquanto eu ficara na pequena salinha deitada,sobre uma cama de empregada.
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