Kara olhou a morena com indisfarçável volúpia.
— Não. Suponho que não. Estava insegura em relação a você.
Lena sorriu.
— E agora?
— E agora. — A loira riu baixinho. Sua mão livre tocou o rosto da esposa. O sorriso esmaeceu. — Eu a fiz infeliz. Magoei-a e a desprezei, tudo porque não tinha confiança em você. Mas se eu tivesse sabido como você se sentia, não teria havido dúvidas. Nenhuma. Pode acreditar nisso e me perdoar pelo modo como a tratei?
— Eu amo você — ela disse simplesmente. — Nada mais importa. — Se esticou e beijou Kara avidamente. — Entendo por que pensou o que pensou, Kara. Foi o esquema maldoso do meu pai, e não alguma coisa que uma de nós tivesse feito, que causou toda essa dor de cabeça. Mas agora basta saber que você me ama. Isso é tudo.
Kara pousou as xícaras e a puxou para seu colo, abraçando-a com sofreguidão.
— Eu apagaria os últimos seis anos se pudesse — sussurrou roucamente. — Faria qualquer coisa para compensá-la.
— Kara... você já me recompensou— disse com delicada hesitação. Ela pegou a mão esguia da esposa e a apertou devagarinho, gentilmente, contra o ainda liso abdômen. Lena a segurou lá e procurou os olhos azuis. — Estou carregando nosso bebê.
Kara sabia. mas ouvir isso de Lena foi profunda e infinitamente tocante. Ela acariciou a maciez gentilmente e, inclinou-se, levou sua boca até a da morena para beijá-la com infinito cuidado.
— Lena — sussurrou. Beijou-a de novo. — Lena. Você e um bebê...
— Não está arrependida? — sussurrou, brincalhona.
Kara sorriu para ela com orgulho e amor nos olhos.
— Não estou arrependida de coisa alguma. Vamos ter um filho ou uma filha?
— Não me importa, desde que seja um bebê saudável. — Lena se ergueu para abraçá-la. — E vou deixar meu emprego, caso ainda não tenha mencionado isso. Acho que Lucy e o patrão ficarão muito bem sem mim.
— E eu vu ficar muito feliz com você, se for o que realmente quer. — Kara passou o longo dedo pelos lábios dela. — Não vou frustrar você em relação a outros interesses, se você os quiser. Não vou insistir para que seja apenas esposa e mãe.
— Não vou ser — assegurou-lhe — , embora este passe a ser meu trabalho mais importante por algum tempo. Depois posso fazer alguns cursos ou trabalhar como voluntária. Mas, neste momento, nosso filho é minha preocupação maior.
Kara sorriu suavemente.
— Quanto tempo? — murmurou.
— Acho que estou com seis semanas — murmurou de volta. — Vou ao médico na semana que vem para ter certeza.
— Na primeira vez em que fizemos amor — Kara respirou, sustentando o olhar dela. — Não foi?
Lena escondeu o rosto na loira, rindo com tímido embaraço.
— Sim
— Eu sou boa — Kara murmurou causticamente.
Lena chegou mais perto.
— Você é muito boa — murmurou e ergueu o rosto.
Kara se inclinou, levando sua boca à dela, acariciando-a. Lena relaxou contra ela, adorando seu toque, adorando a força de seu corpo tão perto do dela. A morena suspirou, e o som desse suspiro entrou pela boca de Kara, provocando um novo e arrebatador desejo.
As mãos de Lena deslizaram para trás da cabeça da esposa e a mesma puxou seus quadris contra os dela, virando-a, enquanto sua boca tornava-se mais e mais exigente.
Kara a queria. Ela conhecia os sinais agora, como não conhecera antes. E Lena gemeu, porque a esposa a amava e ela amava a esposa, e desta vez ia ser diferente das outras. Ia ser a época mais emocionante de suas vidas.
— Você me quer? — a loira perguntou contra os lábios dela. — Porque eu quero você. Aqui mesmo.
— A primeira vez... foi exatamente aqui — ela respirou, estremecendo um pouco quando Kara deslizou a mão entre elas para desabotoar os botões perolados da frente de seu vestido cinza.
— É prático — a loira riu, o som rico e profundo de amor. — Mas sempre há o tapete.
Os olhos de Lena procuraram os dela.
— Que esquisito.
— De jeito nenhum. É espesso e macio... e não há ninguém nos vendo. E apenas para garantir...
Kara se levantou, ainda sorrindo, e foi fechar e trancar a porta. Despiu a camisa, observando o modo como os olhos da morena focaram os seios e o abdômen definido. Kara gostava do modo como a esposa a olhava. Os olhos dela ficaram suaves e escuros, e vagamente sensuais.
Ela ergueu Lena do sofá, colocando as mãos dela em seu peito, deslizando-as contra o músculo quente.
— Tem algum perigo para o bebê? — perguntou gentilmente.
Lena balançou a cabeça, negando, e pressionou os lábios contra os da loira.
— Não se você for delicada. E quando foi que me machucou?
— Sem arrependimentos, Lena? — perguntou hesitante.
A morena se ergueu para colocar a boca contra a dela.
— Nem um sequer.
As mãos de Kara agarraram os quadris dela, puxando-os contra si, movendo o corpo dela com o seu para que a morena sentisse a força de seu desejo. O corpo dela reagiu de um jeito agora familiar, e Lena se endireitou para chegar mais perto, mostrando seu desejo de formas sutis.
Beijou-a até seus lábios ficarem inchados e sensíveis, até seu corpo começar a sentir a vibração quente que a loira provocava tão facilmente nela.
Kara a deitou gentilmente no tapete, deslizando ao lado dela com facilidade. Ela desabotoara o vestido e tirara a lingerie do caminho com preguiçosa destreza, e então sentiu sua boca, e todas as inibições saíram pela janela.
Lena segurou sua boca contra ela, inebriando-se nas carícias úmidas, adorando a forma como a loira estava com ela. Nunca tinha existido medo de intimidade desde a primeira vez. O corpo dela sabia que tipo de prazer estava por vir, e agora respondia com deleite, não com apreensão.
Por longos e preguiçosos minutos, Kara a excitou, só ficando satisfeita quando ela tremeu dos pés a cabeça, completamente à sua mercê. Só então a loira se despiu, deleitando-se com as curvas macias e a pele cremosa, enquanto tirava o resto das roupas, e voltou a se deitar do lado da esposa.
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Aprendendo a Amar (Karlena) G!P
FanfictionKara Danvers não esperava que Lena Luthor, filha de um dos maiores magnatas de National Ville, retornasse para ela de joelhos após ter destruído seu coração seis anos atrás. Mas o amor tem razões que a própria razão desconhece... Kara está disposta...