Lena sentiu as mãos da esposa tirando-lhe o vestido, fazendo-o escorregar pelos membros trêmulos. A morena prendeu a respiração e, na pálida luz do abajur, Kara sorriu.
— Está tudo bem — murmurou. — Não vou depressa demais. Ainda pode me parar, se quiser.
Isso lhe devolveu o poder de decisão e fez com que tudo ficasse bem. Lena começou a relaxar, deixando as mãos deslizarem com avidez pelos músculos fortes. Era paradisíaco tocá-la assim, ter a liberdade de conhecê-la com as mãos. Ela olhou para os olhos da loira com essas descobertas expressas no olhar suave, e Kara sorriu.
— Oh, Kara — murmurou com a voz rouca. — Seu corpo é maravilhoso!
A loira se inclinou e colou a boca na dela, sentindo as palavras suspirarem em seus lábios. Deslizou a mão gentilmente sobre a menor, sentindo o arrepio de sua pele. Ela era como cetim ao toque, e Kara a desejara pelo que parecia uma eternidade.
No fundo de sua mente, sabia que não haveria possibilidade de parar, mas Lena não parecia preocupada com isso. Ela puxou a esposa junto de si, sua boca subitamente tão ardente e desinibida quanto a dela.
Sem parar de beijá-la, a loira consegui tirar as próprias roupas, tendo-a contra si, tremendo, enquanto ela diminuía o ritmo e começava a excitá-la de novo com rara paciência, até sentir a paixão sacudir seu corpo esbelto.
— Agora — sussurrou quando a morena estava gritando de desejo. Virou o rosto dela para o seu com mão acariciadora. — Não. Não se vire. Eu quero te ver.
Lena corou febrilmente, mas olhou para a esposa no instante em que o corpo dela tomou posse do seu.
Os lábios de Kara se entreabriram. Foi a experiência mais profunda de sua vida. Todos aqueles anos amando-a, precisando dela e finalmente ia acontecer. Ela era sua. Sem mais barreiras. Ela sentiu a morena aceitando-a totalmente e prendeu a respiração.
— Está tudo bem —murmurou ternamente, e inclinou-se para beijá-la, induzindo-a a relaxar, a deixar acontecer... — Sim, assim. — A loira riu desajeitadamente diante da felicidade, diante da extraordinária sensação de unidade. — Oh, Lena!
O rosto da morena estava escarlate, mas ela não desviou o olhar. O rosto de Kara estava tenso e os olhos azuis brilhantes. Lena esticou as mãos trêmulas até o rosto dela para baixar sua cabeça e beijar sua boca.
— Me... ame — murmurou, a voz faltando-lhe à medida que a esposa se mexia e ela sentiu o primeiro doce prazer da penetração. — Kara... me ame!
As palavras acabaram com o controle da loira. Não conseguia acreditar no que estava ouvindo, menos ainda no que estava sentindo. Ela sucumbiu numa vaga de calor branco, gritando enquanto a força do prazer a privava de qualquer contenção, deixando-a entregue ao impulso da realização.
Em algum lugar do fundo de sua mente, Lena sabia que deveria estar amedrontada ante o descontrole da esposa. Mas seus movimentos estavam provocando uma espécie de tensão que fazia seu corpo vibrar de prazer. O êxtase estava quase a seu alcance, e ela se esticou em direção a loira com o último fio de força que lhe restava bem na hora em que Kara segurou seus quadris e puxou.
A morena sentiu o mundo virar de cabeça para baixo e gritou o nome da esposa de novo, de novo e de novo...
Kara riu. Lena sentiu os lábios dela em suas têmporas, sua face, sua boca, com beijos que eram tão ternos como reconfortantes.
— A primeira vez — ofegou, rindo novamente ao cobrir sua boca com a da loira, tremendo. —Meu Deus, a primeira vez!
Lena abriu os olhos, ainda tremendo pelo súbito declínio de um tipo de prazer que ela nunca sonhara existir. Olhou-a fascinada com o jeito dela. Ela parecia muito mais jovem. O cabelo loiro estava úmido, o rosto suado, os olhos brilhando, exultantes de prazer. A maior estava tremendo, o corpo pesado sobre o da morena.
— Kara? — ela chamou, desorientada.
— Você está bem, meu amor? — Perguntou. — Não machuquei você?
— Não. — Ela corou e baixou os olhos para o latejar em seu pescoço.
— Olhe pra mim, sua covarde.
Lena forçou o olhar até o da esposa e a mesma se inclinou e roçou a boca em suas pálpebras cerradas.
— Eu... eu nunca imaginei... — Ela não conseguia encontrar palavras. Agarrou-se a loira, escondendo o rosto em seu pescoço úmido.
Kara se virou, segurando-a calorosamente junto a si ao longo do sofá de couro, suspirando com estranho prazer pelo modo com a morena a abraçava.
— Tantas noites solitárias, Lena — murmurou. Tantos sonhos. Mas nem os sonhos eram tão perfeitos. — Puxou-a para mais perto. — Beijei-me, meu bem.
Lena ergueu o rosto, obedientemente, colocando os lábios inchados contra os da esposa. A loira estremeceu a pôs gentilmente de costas, de forma a ficarem completamente unidas. Kara olhou nos olhos dela com uma pergunta escura e suaves nos seus. A morena não respondeu. Ergueu o corpo contra o da maior e ela viu a palavra em seus olhos. Inclinou-se suspirando irregularmente, e sua boca abriu-se sobre os lábios entreabertos de Lena. A loira fez um movimento para baixo, a menor se agarrou a ela e o mundo voltou a cair no esquecimento compartilhado.
Kara a carregou escada acima muito tempo depois, aninhando-a em seus braços como o mais precioso dos tesouros. Colocou-a na cama e deitou-se ao seu lado, apagando as luzes. A loira a enroscou em seu corpo cansado e suspirou com prazer. Lena adormeceu apenas segundos antes da esposa.
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Aprendendo a Amar (Karlena) G!P
FanfictionKara Danvers não esperava que Lena Luthor, filha de um dos maiores magnatas de National Ville, retornasse para ela de joelhos após ter destruído seu coração seis anos atrás. Mas o amor tem razões que a própria razão desconhece... Kara está disposta...