Aprendendo a Amar (Karlena) G!P

Capítulo Um

Oi gente! Voltei com mais uma fic Karlena.

 Assim como a outra fic, essa também será uma adaptação.

Não tenho dias nem horários específicos para postar os capítulos, mas prometo atualizar sempre que possível

É isso espero que se divirtam ;)

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 A manhã estava quente, e a meteorologia já prometera temperaturas na casa dos trinta graus para a tarde. Mas o calor não parecia diminuir o ímpeto dos licitadores, e o leiloeiro, postado na elegante entrada da alta mansão branca, mantinha sua ladainha monótona, apesar de enxugar de tempos em tempos as gotas de suor que lhe escorriam pela testa.

 Enquanto seguiam o andamento do leilão, os olhos azuis de Kara Danvers se estreitavam sob a aba do caro e macio chapéu de Stetson. Não estava ali para comprar. Não hoje. Mas tinha um interesse pessoal neste leilão em particular. A mansão dos Luthor estava sendo leiloada - de fio a pavio -, e ela deveria estar experimentando uma sensação de triunfo ao ver o legado de Lionel Luthor ir para o ralo. Mas estranhamente, isso não acontecia. Sentia-se vagamente perturbada com todo o processo. Era como se predadores estivessem atacando uma vítima desamparada até só restarem os ossos.

 Continuou a procurar, por entre a multidão, Lena Luthor, mas ela não estava à vista. Possivelmente, ela e o irmão, Lex, estavam dentro da casa, ajudando a selecionar a mobília e outras antiguidades a serem leiloadas.

 Um movimento à esquerda lhe chamou a atenção. Samantha Árias Danvers, sua cunhada há seis semanas, estava ao seu lado.

— Não esperava encontrá-la aqui — disse-lhe, sorrindo. Sam vivera com ela e Alex,  meia-irmã de Kara, desde a trágica morte de seus familiares. Por isso as irmãs tinham decidido levar a Árias para morar com elas. E, há apenas algumas semanas, ela e Alex tinham se casado.

— Nunca perco um leilão — a loira respondeu. Olhou em direção ao leiloeiro;

— Não vi os Luthor.

—  Lex está no Arizona — Sam suspirou, e não deixou de reparar o súbito brilho nos olhos de Kara. — Ele também não foi sem oferecer resistência, mas houve algum tipo de emergência no rancho que ajuda a gerir.

— Lena está sozinha? —  perguntou abruptamente.

— Receio que sim. —  Sam olhou-a e desviou o olhar, mal escondendo o sorriso. — Ela está no apartamento que alugou na cidade. Fica em cima do escritório de advocacia onde trabalha...

 O rosto severo de Kara se tornou ainda mais tenso. O cigarro ficou esquecido em sua mão ao se virar para Sam.

— Aquilo não é um apartamento, pelo amor de Deus, é um depósito velho.

— James Olsen deu a ela  autorização para restaurá-lo — disse Sam, os olhos pálidos e sem malícia, o próprio retrato da inocência sob os cabelos escuros. — Ela não tem muita escolha, Kara. Com a venda da casa, onde mais poderia morar com o que ganha? Foi tudo embora, sabe? Lex e Lena pensaram que poderiam pelo menos ficar com a casa e a propriedade, mas precisaram dos últimos tostões para salvar as dívidas do pai.

 Kara murmurou algo ininteligível, olhou fixamente a casa grande e elegante que de algum modo, simbolizava tudo o que ela passara a odiar na família Luthor nos últimos seis anos, desde que Lena terminara o noivado e a traíra.

— Não está contente? — Sam provocou-a gentilmente. — Afinal, você a odeia. Deveria gostar de vê-la humilhada em público.

 A loira não deu mais uma palavra. Virou-se abruptamente, a expressão dura como pedra, e caminhou para o local onde seu Thunderbird estava estacionado. Sam sorriu para si mesma. Ela sabia que obteria uma reação da cunhada se conseguisse fazê-la ver o quanto isso afetaria Lena. Durante todos esses longos anos, ela evitara qualquer contato com a família Luthor, até mesmo a menção desse nome em casa. Mas nos últimos meses, começara a aparentar uma grande tensão. Sam tinha quase certeza de que a loira ainda sentia algo pela mulher que a rejeitara, e que Lena também sentia alguma coisa pela loira. Sam, delirantemente feliz em seu próprio casamento, queria que o resto do mundo fosse tão feliz como ela. Talvez, empurrando Kara na direção certa, ela conseguisse tornar felizes duas pessoas infelizes.