Capítulo Trinta e Seis

2.5K 318 46
                                    

 Lena encaminhava-se para o lugar onde costumava estacionar o carro quando se lembrou de que não tinha carro.

— Oh, sr. Olsen — chamou sem pensar — podia me deixar no posto? Não consegui entrar em contato com Kara e ela só virá me buscar daqui a uma hora.

— Com certeza. Venha.

 Ele a ajudou a entrar no Mercedes preto e saiu rapidamente em direção ao estabelecimento dos Danvers.

— O que aconteceu com seu carro novo? —perguntou. — Problemas com o motor?

 Ela sorriu nostalgicamente. Não tinha lhe contado sobre o carro esporte embora ele a tivesse visto dirigindo o carro de Kara no dia anterior.

— Kara o entregou ao sr. Winn.

— Mas é um ferro-velho — lembrou-lhe o sr. Olsen.

— É verdade, é isso mesmo. E ele tem um super esmagador novinho em folha. — Ela suspirou. — Kara disse que se eu quisesse poderia ter o meu carro transformado num belo objeto de decoração de parede. Cerca de 13 centímetros de espessura...

— Por que ela fez uma coisa dessas? — perguntou o advogado.

— Ela me acha aloprada — disse Lena. — Acho que ela está pensando em me comprar alguma coisa mais segura. Como um tanque de guerra.

 O sr. Olsen sorriu.

— Espero não ter causado nenhum problema esta manhã —  disse ele com atraso, quando virou na longa estrada que dava no posto. — Não estava raciocinando. Fiquei contente por vê-la porque sabia que conseguiria tirar Lucy do escritório, caso os bombeiros não funcionassem.

— Lucy é realmente uma boa mulher —  disse ela.

 Ele fechou a cara.

—  É uma  chata.

—  Se lhe desse meia oportunidade, ela seria capaz de surpreendê-lo. Ela é muito eficiente.

Ele se remexeu no assento.

—  Notei que está bastante sobrecarregada. Não foi minha intenção privá-la de sua ajuda.

 Ela olhou para ele.

—  Poderia considerar a hipótese de pedir a Lucy que voltasse. Talvez ela também esteja arrependida.

 Ele apertou os lábios.

— Talvez esteja. Suponho que poderia dar uma passada pela casa do pai dela e apenas mencionar que ela pode vir trabalhar amanhã.

— Talvez fosse melhor telefonar primeiro —  disse Lena, lembrando-se do gênio de Lucy.

—  Vou fazer isso. —  Parou o carro em frente aos escritórios do posto e sorriu. —  Obrigada por ser tão compreensiva.

—  O prazer foi meu. Não, não saia. Consigo abrir a porta sozinha. — Ela riu. Saiu do carro sorrindo e acenou para ele.

 Atrás dela, Kara a observava, um cigarro entre os dedos magros. O chapéu estava puxado sobre os olhos e ela parecia perigosa.

 Lena se virou, a viu e parou subitamente.

— Ei, olá.

 Levou o cigarro à boca. 

—  Chegou uma hora mais cedo.

—  Tivemos um problema no escritório. — A morena ficou vermelha e isso tornou as coisas piores. — Preciso de uma carona até em casa.

— Alex vai para aqueles lados —  a loira retrucou. —  Pode deixá-la.

Aprendendo a Amar (Karlena) G!POnde histórias criam vida. Descubra agora