Na manhã daquela terça-feira, ao invés de ir para Milton Keynes, Alina decidiu seguir o que Toto havia dito, e dirigiu para Bristol. Ela ainda pensou que, talvez, fosse melhor esperar a nova consulta com Dorothea para dar aquele passo, mas percebeu que a coragem estava dentro dela naquele momento.
Nos últimos meses, já tinha tido a coragem para fechar a algumas portas de seu passado e aquela seria mais uma que apenas a ajudaria a deixar de se punir por tudo que passou, assim como afastaria de vez do convívio de sua família o seu ex-marido.
Ela queria ter ligado para Wolff e convidá-lo para que ele fosse com ela, mas desistiu da ideia porque, ainda que ele que tivesse sugerido a ideia, era uma batalha que competia apenas a ela lutar. Toto já havia sido inserido em dramas demais dos Hayes e poderia ficar tomar parte naquele.
O caminho para a cidade que morou boa parte de sua vida foi em silêncio. Não se atreveu a colocar uma música para tocar porque não se sentia nem um pouco no clima para isso. Sua mente estava fervilhando com tantos pensamentos e memórias de tudo que havia vivido.
Ela já tinha vontade de chorar e sequer havia dito uma palavra.
Alina riu do seu próprio nervosismo e parou o carro em frente a casa de Ruggero e Adelaide. Mais cedo, antes de sair de casa, havia ligado para Betty e pedido para que ela e Audrey estivessem lá também, porque eram as únicas que sabiam de tudo e poderiam lhe dar um apoio.
Ligou para Brook e Scott também para que eles pudessem ir para lá, ainda que se sentisse um pouco culpada por ter que contar algo que poderia causar algum estresse na irmã em razão de Mia. Mas ela precisava fazer aquilo.
Estacionou o carro, desligando o motor e ficou com os olhos presos no volante por alguns minutos, só controlando a própria respiração e se acalmando antes de entrar na casa.
– Você está bem? – Audrey a recebeu na porta, ela quem estava mais próxima da janela e escutou o barulho do carro da neta.
Enquanto todos estavam paparicando Mia, ela se prontificou a sair para que pudesse trocar algumas palavras com a neta.
– Estou, vó. – sorriu fraco, acariciando o seu ombro para que pudesse mostrar que estava calma e a mais velha sorriu em sua direção.
– Eu tenho muito orgulho de você, querida. És uma mulher muito forte e, hoje, aqueles que estão lá dentro vão conhecer a tua força também. – Audrey deixou um beijo na bochecha de Alina e a mais nova sorriu, a abraçando pelo ombro.
A loira tomou uma lufada de ar e as duas seguiram para dentro da casa dos Hayes. Alina riu ao ver o pai segurando a neta nos braços enquanto Adelaide balança um brinquedo amarelo para tentar chamar a atenção da menina.
– Alina chegou. – Betty constatou, apontando para a prima e se levantou da poltrona para que pudesse dar um abraço apertado nela.
– Reunião de família, Alina? – Scott questionou com as sobrancelhas arqueadas depois de a cunhada ter cumprimentado todos os familiares. – Veio contar que o Toto pediu você em casamento?
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DON'T BLAME ME
FanfictionAlina Hayes é a única mulher chefe de uma equipe atualmente. Imponente e sarcastica, a chefe da Red Bull Racing não mede esforços para defender a sua equipe em busca dos troféus dos Campeonatos dos Pilotos e dos Construtores. Torger Wolff é o mais c...