dix-huit | bristol

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Os últimos dias haviam sido de muito trabalho em Milton Keynes

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Os últimos dias haviam sido de muito trabalho em Milton Keynes. Como não estaria presente na fábrica na sexta-feira, Alina tentou adiantar o máximo que podia de seu trabalho para que não acabasse acumulando para a segunda-feira. Apesar de ter quase certeza que tentaria cuidar de algumas coisas já no domingo à noite.

Ela não havia tido notícias de Toto. Ele mandou mensagens e ligou, mas ela preferiu não responder porque ainda estava chateada.

Louise foi quem teve que tentar fazer a ponte entre os dois, falando para a amiga que eles não deveriam deixar as coisas da corrida interferir no que estavam vivendo ou teriam sempre que lidar com discussões. Mas nem isso foi capaz de fazer a loira se comunicar com Toto porque ela sabia ser cabeça dura quando era necessário.

Assim que chegou em casa naquela quarta-feira, após um longo dia de trabalho, Alina decidiu que merecia abrir uma garrafa de vinho. Os dias com a família Hayes estavam ocupando grande parte dos seus pensamentos e ela precisava se preparar para enfrentá-los.

Já havia feito reserva em um hotel no centro da cidade para não ter que ficar na casa do Ruggero e a única coisa que faltava era arrumar a sua mala. Era tão acostumada a viajar que a tarefa durava pouco tempo, mas ela postergava o máximo que fosse necessário porque não gostava de fazê-la.

Uma música qualquer do The Weeknd ecoava pela Alexa pelo seu closet e Ariel estava deitada próxima a sua mala em um pedido quase silencioso para que a dona a levasse para a viagem também, o que sempre fazia com que a loira soltasse uma risada fraca.

– Eu adoraria levar você, Ariel. – murmurou, vendo a cachorrinha levantar as orelhas. – Adoraria ver você mordendo a canela da Margarethe outra vez.

Soltou uma risada ao se lembrar de uma vez em que as duas discutiam dentro do apartamento e a Jack Russell Terrier, simplesmente, se aproximou da mais velha para tentar mordê-la, causando uma crise de risadas na loira.

– Mas acho que dessa vez eu terei que enfrentar a fera sozinha... – suspirou. – É desesperador, sabe? Eu sinto calafrios pelo meu corpo só de pensar nessa situação, mas eu acho que isso vai muito de encontro com o que eu busco na terapia... Conseguir enfrentar os meus medos e ser a mulher forte que eu digo que sou.

Alina riu ao não receber nenhuma reação da pequena Ariel, mas balançou a cabeça de um lado para o outro. Estava com medo de ter que enfrentar a família sozinha, mas sabia que, mesmo com todos os cenários ruins, ela sabia que não sairia morta de lá.

O som da campainha fez com que Ariel se agitasse rapidamente e corresse do closet. A loira riu mais uma vez, levantando-se do chão e carregando consigo a sua taça de vinho para que pudesse atender a porta.

DON'T BLAME MEOnde histórias criam vida. Descubra agora