Alina entrou em seu apartamento, sendo recebida por Ariel que veio em sua direção com o rabo balançando em um ritmo frenético, completamente animada por ter a humana de volta em casa. Pouco se importando com sua mala, a inglesa apenas fechou a porta atrás de si, sentando-se ao chão para acariciar a cachorrinha que tentava, a todo custo, lamber o seu rosto para confirmar que havia sentido sua falta.Retirou os scarpins, os atirando de qualquer jeito em um canto da sala e mantendo toda a sua atenção na cachorrinha a sua frente. O resto do final de semana havia sido uma verdadeira droga: mais um fim de semana com dominância da Mercedes, que já havia aberto vinte e um pontos de diferença no campeonato. Não era nada assustador, considerando o número de corridas que eles ainda tinham pela frente, mas era o suficiente para que Helmut Marco, o consultor da equipe, a chamasse para conversar na manhã seguinte sobre a ausência dos resultados esperados.
Não sentia medo algum da conversa que teria com o chefe, mas sentia raiva por não ter feito a Red Bull ganhar uma corrida ainda. Eles tinham o ritmo, tinham um bom carro e um bom piloto, dominavam os treinos livres e conseguiam boas posições no classificatório, mas, ainda eram superados pela Mercedes no domingo. Isso trazia um sentimento de incompetência e de fracasso que Alina detestava sentir porque sabia exatamente que era capaz de fazer o seu trabalho. Era totalmente capaz de comandar a sua equipe rumo ao título.
Suspirou quando se lembrou do sorriso vitorioso que Toto tinha no rosto toda as vezes que iam assistir ao pódio porque Lewis estava sempre no ponto mais alto e Matt estava sempre em segundo lugar. Aquilo a irritava de uma maneira absurda porque ela queria ter aquele sentimento também. Queria poder mostrar para todos, especialmente para o consultor da Red Bull, a chefe de equipe talentosa que era.
Ariel se ajeitou em seu colo enquanto Hayes encostava-se à porta, levando as mãos para a cabeça da cachorrinha, passando os dedos na parte de cima entre as orelhas dela. Soltou um suspiro porque sua mente ainda estava em Wolff, mas não mais relacionado a ser uma chefe de sucesso, mas na maldita frase que não saía de sua cabeça.
Ela não havia se encontrado com nenhuma mulher desde que eles começaram a relação casual. O que aquilo significava? Quer dizer, aquilo poderia significar alguma coisa? Era apenas porque não era do feitio dele se encontrar com outras mulheres ou porque ele sentia atraído de alguma maneira por ela? Havia algum motivo para ele não se encontrar alguma outra mulher?
As perguntas que ela fazia a si mesmo, porque não existia coragem o suficiente para fazê-las para Toto, faziam o seu cérebro ferventar, seu coração bater acelerado e a lhe causavam uma falta de ar. Ela sabia exatamente o que aquilo significava e tentava não pensar que era fraca por ter aquelas sensações por causa da situação que estava envolvida.
Fechou os olhos, sem parar de movimentar os dedos sobre a cabeça de Ariel, e tratou de fazer os exercícios que Dorothea a havia ensinado em uma das muitas consultas que havia ido. Puxava o ar com toda força, promovendo a elevação das costela, aumentando o diâmetro do tórax, alargando o pulmão e contraindo o diafragma; expirando o ar lentamente, relaxando os músculos e o diafragma. Repetia por umas cinco ou seis vezes o procedimento, mantendo os olhos fechados e buscando se concentrar apenas em sua respiração para que pudesse controlar o que estava acontecendo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
DON'T BLAME ME
FanfictionAlina Hayes é a única mulher chefe de uma equipe atualmente. Imponente e sarcastica, a chefe da Red Bull Racing não mede esforços para defender a sua equipe em busca dos troféus dos Campeonatos dos Pilotos e dos Construtores. Torger Wolff é o mais c...