un | bahrain

8.8K 335 185
                                    

Grande Prêmio do Bahrein

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Grande Prêmio do Bahrein.

Alina Hayes aproximou o crachá do leitor digital da catraca que dava acesso ao paddock e, assim que o aparelho mostrou a luz verde, seguida de sua foto no painel, indicando que a sua entrada estava liberada, ela empurrou a barra curta de metal com o quadril, dando um passo à frente e adentrando, oficialmente, o espaço movimentado que a mostrava que o fim de semana seria intenso.

Ao seu lado, Louise se apressava para passar pela catraca para que conseguisse acompanhar os passos largos e imponentes dados pela chefe da Red Bull Racing, fazendo seus Christian Louboutin pretos tocarem o asfalto do paddock de forma plena.

Alina se juntou à equipe austríaca na temporada anterior, após o pedido de demissão de Christian Horner.  O inglês permaneceu no comando da equipe por quase vinte anos e decidiu que era o momento de se afastar do esporte para passar mais tempo com a própria família.

Assim, com a saída de Horner, Hayes, que era a chefe de estratégias da Red Bull há nove anos, foi chamada para se tornar a chefe da equipe, passando a ser a única mulher ocupando tal posição dentre as dez equipes do grid.

Justamente por ser a única mulher chefiando uma equipe, Alina lida diariamente com o machismo enraizado no mundo do automobilismo. Desde o dia em que seu nome foi anunciado para o cargo, ela ouve questionamentos sobre a sua competência, o que a qualificava para o cargo e com quem ela havia dormindo para consegui-lo.

Isso fez com que Hayes criasse uma capa sobre si. No paddock, ela não fazia nenhuma questão de fazer amigos, mas sim de cuidar de sua equipe e ajudar a levá-la até o topo, sem se importar em ser gentil com os outros chefes de equipe. Ela mantinha a feição séria, não respondia a qualquer tipo de pergunta pessoal e buscava manter uma boa relação com aqueles que, agora, eram os seus funcionários.

– Esquerda. – Louise murmurou em um tom baixo e a loira ergueu a cabeça, retirando a atenção dos passos que dava para que pudesse virar o rosto na direção da companheira de equipe. – Perto do trailer da Haas.

Ao olhar para o local, Alina precisou se concentrar em seus passos para que não acabasse tropeçando nos próprios pés e caindo no chão do paddock no meio toda aquela movimentação que acontecia por ali.

Tudo isso era resultado de uma figura em particular: Toto Wolff.

Torger Christian Wolff era o chefe da equipe Mercedes, a detentora de seis títulos consecutivas, a equipe a ser batida e a maior rival da Red Bull Racing na atualidade da Fórmula 1. O austríaco não era apenas o responsável pela equipe alemã, mas também o responsável por levar Hayes à loucura nos quartos de hotéis a cada Grand Prix.

Ela suspirou, diminuindo um pouco os passos para que pudesse tirar alguns minutos para analisá-lo, como adorava fazer. Wolff usava a camisa social branca da equipe com os símbolos dos patrocinadores no peitoral e nós bíceps, acompanhados por uma calça preta e um tênis da mesma cor, mas com alguns detalhes verde água. Os cabelos estavam arrepiados e, combinado com os três primeiros botões de sua blusa abertos, davam um ar casual e despojado – até mesmo sexy – para ele.

DON'T BLAME MEOnde histórias criam vida. Descubra agora