dix-neuf | bristol

2.2K 129 94
                                    

Alina girou em seus próprios calcanhares, virando o corpo para trás e o sorriso que tinha em seu rosto se desmanchou no exato momento em que a figura de Margarethe estava em seu campo de visão

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Alina girou em seus próprios calcanhares, virando o corpo para trás e o sorriso que tinha em seu rosto se desmanchou no exato momento em que a figura de Margarethe estava em seu campo de visão.

Era como se todo o clima tranquilo daquela noite tivesse evaporado em questão de um segundo. A presença, a aura que a mais velha carregava consigo ainda era capaz de retirar qualquer brilho que a loira tivesse.

Toto mantinha os olhos fixos na loira, que estava a sua frente, e praticamente não piscava. Toda a sua atenção estava em Alina porque, ao menor sinal de desconforto por parte dela, proporia que os dois deixassem o local.

– Margarethe... – Audrey intercedeu, encarando a mulher com um sorriso ladino no rosto. – Por que você não deixa a menina em paz como fez por uma boa parte da sua vida?

A loira teve vontade de sorrir em agradecimento pela resposta da avó porque ela havia presenciado tudo que Alina viveu na infância e detestava tanto Margarethe quanto ela.

– Menina? – a mulher riu, balançando a cabeça de um lado para o outro, mas mantendo o sorriso nos lábios. – Audrey, Alina não tem mais cinco anos e não vive mais presa a barra da sua saia... Acho que ela pode muito bem responder por si, sem precisar da sua intercessão...

Audrey se preparou para responder, mas a neta lhe lançou um breve sorriso e um aceno negativo com a cabeça para que ela não falasse nada. Inspirou o ar com força, olhando para Margarethe e usou um dos melhores sorrisos falsos que poderia ter.

– Eu não fico surpresa por vê-la querendo saber da minha vida pessoal e nem por querer criar confusão em um momento como esse. – balançou os ombros. – Não que seja da sua conta, mas este é o Toto.

– É um prazer conhecê-lo, Toto. – a mulher esticou a mão na direção do austríaco para que pudesse cumprimentá-lo. – Talvez eu deva pedir desculpas pelos modos da Alina e pela singela falta de educação dela.

– É um prazer conhecê-la, Margarethe. – Wolff segurou na mão da mulher, apertando-a em um cumprimento rápido. – Não vejo motivos para que a senhora se desculpe, já que Alina foi educada o tempo inteiro. – seus olhos procuraram pelos azuis da loira, lhe lançando um sorriso ladino para que pudesse demonstrar que a apoiava.

– É que ela sempre busca criar essa tensão quando nós estamos no mesmo ambiente... – murmurou e Alina teve vontade de rolar os olhos. – Aliás, este é meu marido, Afonso, você se lembra dele, filha?

A loira sorriu sem mostrar os dentes na direção do mais velho, o cumprimentando com um aperto de mãos e Toto fez o mesmo, assim como Audrey, que mantinha uma expressão carrancuda diante dos outros dois, nem disfarçando o seu incômodo com a presença deles no local.

DON'T BLAME MEOnde histórias criam vida. Descubra agora