Ingrid. || Andreas P.

vinte e nove.

📍RJ, 2021.

Danilo Mondoni;

Depois da morte do meu pai, eu conheci a beatriz, ela nunca esteve comigo por interesse mesmo, mais eu vacilei demais com ela, eu era novo e estava no auge, pelo fato de estar comandando o morro, eu tava com um ego altíssimo, várias jogadas aos meus pés, me drogava sem fim, e se não fosse uma chamada da minha mãe eu nunca teria acordado pra vida.

Então, pelo fato de nunca ter assumido a bea, ela se sentia triste e muitas das vezes insuficiente, eu sempre fui fiel a ela, mais sempre dei motivos que estava traindo ela, mesmo não traindo.
Depois de um tempo, ela começou a se desapegar de mim, terminamos e ela parecia ter saído do morro.
Mais há uns dois anos, ela voltou, mais linda que nunca, não sei como, mais ela ganhou um corpão, ingrid também começou a falar com ela, e como ela também começou a trabalhar com cabelos, sombrancelhas e cílios, ingrid sempre vai no salão dela, e pelo que eu vejo, ela trabalha muito bem, e é muito dedicada.

Ontem ela foi até o meu escritório, no morro pra falar comigo.

FLASHBACK 💡

- Oi, danilo.

- Fala, o que você faz aqui? Depois de anos, né.
Quer reviver tudo de novo? - passei as mãos em meu cabelo, dando uma tragada no meu cigarro.

- Eu aprendi a me priorizar. E obrigada, agradeço por você ter me ajudado a conseguir isso.
Só quero falar pra você o que houve nesses últimos anos, pra você entender aonde quero chegar.

- Pode falar, beatriz, senta ai.

- Bom, como nós já namoramos há anos, e eu sumi, queria recomeçar e ter uma vida nova longe de tudo. E então descobri que estava grávida, e eu não me relacionei com ninguém durante o tempo, quis me priorizar.

- Então o theo é... - arqueei as sombrancelhas, em choque.

- Sim danilo, o theo é seu filho. - fiquei boquiaberto. - mais sim, assumo meu erro que fui muito egoísta em não voltar pro morro e te contar que ele era seu filho.

- Só vai embora, beatriz.

- Você não vai falar nada? Vai esconder seu filho como me escondeu durante esses anos, né? Já esperava. - me olhou nos olhos.

- VAI EMBORA, BEATRIZ! - gritei e ela me olhou assustada.

FLASHBACK OFF 💡

E desde quando ela foi embora do escritório, montei um cigarro de maconha, pra tentar esquecer esse problema.

EU TINHA UM FILHO.

A responsabilidade que eu não estava pronto pra ter, eu nunca pensei nisso.
O dia todo fiquei muito pensativo, no que estava acontecendo na minha vida, e queria um tempo pra pensar.
Eu iria sim assumir essa criança, eu sou sujeito homem, minha mãe e meu pai me ensinaram a assumir minhas responsabilidades, mesmo ainda não estando preparado pra isso.

Umas horas depois fui pra casa, porque não estava conseguindo resolver as coisas no escritório.

Tomei um banho e bateu a larica, fiz um pratão de pedreiro e comi, depois voltei pro meu quarto, tentar dormir e esquecer um pouco do problema que tinha lá fora.

Gostaram na narração do DN?
Tenham uma ótima leitura. 📚