Queridos leitores, obrigada por todo carinho e por gostarem da história, gostaria de informar que assim que ela for finalizada sairá do ar de maneira permanente. Boa leitura 💕
Sentada no sofá da Nicole a observei mover-se de um lado a outro em silêncio, me esforcei ao máximo em ser paciente mas se ela andasse mais um pouco eu enlouqueceria.
- No que está pensando? - perguntei tentando fazê-la falar comigo mas tudo o que recebi foi um balançar de cabeça negativo como se não fosse nada. - Vamos lá, você claramente está pensando em algo ou não estaria prestes a criar um buraco no chão de tanto andar.
- Não é possível criar buracos no piso somente andando. - respirei fundo evitando não revirar os olhos para ela. - Foi uma expressão? - assenti com a cabeça sorrindo ao vê-la suspirar.
- Senta aqui do meu lado, por favor. - pedi baixinho batendo no lado vago do sofá, Nicole resmungou algo que eu não entendi mas sentou-se em sua costumeira pose ereta. - Me conta o que você está passando nessa cabecinha. - seu olhar desconfiado deixava claro que ela não sabia se podia me contar o que estava pensando. - Eu prometo não te julgar ou me ofender.
- Certo. - a observei colocar as mãos a frente do seu corpo e ficar encarando elas fixamente. - Você pediu a sua tia para internar a sua mãe numa clínica psiquiátrica por ser esquizofrenica e considera que a Wynonna está sendo injusta por se ressentir disso?
- Basicamente isso. - murmurei vendo-a fazer uma carranca novamente.
- Você influenciou sua falecida tia a tomar uma decisão estúpida, sua mãe nunca teria se suicidado se não fosse por conta disso. - engoli a seco travando meu maxilar, eu não esperava ser entendida mas ouvir aquilo era demais. - Eu falei algo errado?
- Decisão estúpida? - repeti suas palavras exalando toda a minha raiva. - É melhor eu ir embora. - anunciei respirando fundo para não matá-la ali mesmo.
- Espera. - parei meus passos não me dando o trabalho de olhar para trás. - Você me parece brava.
- Eu pareço brava? - perguntei exasperada me virando com ódio. - Sério Nicole? - questionei vendo-a se levantar do sofá vindo em minha direção porém ergui a mão para que ela parasse ali mesmo. - Você que é uma estúpida!
- A julgar pela forma como está agindo, eu tenho quase a certeza de que lhe insultei. - espalmei a mão na minha própria testa impaciente. - Podemos voltar a falar sobre a sua mãe?
- Sobre a mulher que morreu por minha culpa? - indaguei furiosa dando passos para frente vendo-a recuar. - Sobre como minha decisão estúpida arruinou minha relação com a Wynonna? - gritei exasperada sentindo algo quente deslizar por minhas bochechas. - Melhor, vamos falar de como eu fui uma idiota por abrir meu coração para você e contar sobre algo que eu... - engoli a seco sentindo minha voz falhar, passei meu punho rapidamente pela minha bochecha secando as lágrimas. - Esquece, eu vou embora.
- Waverly. - respirei fundo soltando logo em seguida todo o ar em meus pulmões na tentativa de me acalmar, a Nicole não gostava de barulho e aqui estava eu gritando com ela. - Eu sinto muito por dizer a coisa errada, eu...
- Está propensa a erros de cálculos, eu sei. - completei sua frase em um murmúrio baixo, funguei algumas vezes desejando que minha voz não soasse tão quebrada.
- Não. - ela murmurou encarando suas mãos a frente do seu corpo. - Quando me disse que sua mãe apresentou sinais de instabilidade mental ao longo dos anos e que piorou quando seu pai morreu eu fiquei brava com você por não querê-la mais em casa. - abri a boca tentando dizer algo mas a enxaqueca me impedia de pensar. - Eu fui deixada em um orfanato depois de apresentar sinais de que era uma criança diferente, e isso me machucou muito porque eu faria qualquer coisa para ser normal e deixar a minha mãe feliz.
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Estranha adorável
FanficAo retornar a sua cidade natal para um funeral Waverly conhece uma mulher em uma lanchonete, e mesmo sendo alertada sobre o quão estranha Nicole era, ela não pôde simplesmente deixar de lado a atração que sentia. Tendo somente dois meses em Purgatór...