ESTAÇÃO DAS FLORES | 01

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capítulo um
Jasmin

capítulo umJasmin

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  MEUS BRAÇOS ESTAVAM APOIADOS no parapeito da varanda do meu quarto enquanto eu observava as estrelas

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  MEUS BRAÇOS ESTAVAM APOIADOS no parapeito da varanda do meu quarto enquanto eu observava as estrelas. Me pergunto se existe um lugar onde elas são tão lindas e numerosas quanto nos meus sonhos. O céu noturno iluminava os canteiros de rosas. A brisa traz o cheiro das flores. E apesar de amar minha casa e minha família, ainda tenho esse sentimento de algo está faltando. Uma peça muito importante.

  Eu estava tão ansiosa para um tipo de "festa entre Grão-Senhores" que acontecerá amanhã, na Corte Diurna. Virou um tipo de celebração anual depois da vitória contra Hybern, mas somente desta vez meus pais decidiram ir. Eu não sei ao certo o motivo, porém suspeito que deve ser algo que tenha haver com o passado do meu pai.

  Sim. Eu sei as coisas que ele fez, todas elas. Quando fiz dezessete anos e meu pai decidiu que tinha maturidade suficiente, ele me contou sobre tudo. Desde a sua má convivência com seus falecidos irmãos, sua antiga amizade com o Grão-Senhor da Corte Noturna e até conhecer Gaya, minha mãe. A fêmea foi um divisor de águas para ele. Provavelmente estaria morto ou submerso na sua própria miséria e desgraça se não fosse por ela.

  Senti meu estômago roncar, o que não era nenhuma novidade. Então fui até a cozinha fazer um lanchinho da madrugada. Antes que pudesse perceber, já estava fazendo um bolo de morango com chocolate, o meu favorito.

  — Você não acha que já está tarde para fazer bolo?

  Como um reflexo, virei-me rapidamente e não pensei duas vezes antes de arremessar a colher de madeira que estava na minha mão. Um pequeno detalhe: A colher estava cheia de chocolate.

  Meu pai segurou o talher à centímetros do seu rosto. Ele até pôde evitar que o objeto colidisse na sua testa, porém seu rosto ficou cheio de respingos de chocolate.

  — Pelo Caldeirão, pai! Não tem nada melhor para fazer do que me assustar de madrugada? — eu disse com a mão no peito, sentindo meus batimentos, que estavam muito acelerados.

  — Na verdade, eu estava muito ocupado — não contive a minha careta, entendendo com o que ele estava "ocupado" — mas eu e sua mãe ouvimos alguns barulhos vindo daqui, então decidi vir só para checar se estava tudo bem.

TEMPESTADE DE PRIMAVERAOnde histórias criam vida. Descubra agora