CAMERON'S - (JJ Maybank )

08

- Grace Cameron -

Eu saí como desesperada da casa do namorado da minha irmã, a esta altura, todos devem estar pensando como sou maluca, quando cheguei em casa minha primeira ideia foi conversar com rafe, além do mais, ele me entende e eu não me importo em dividir absolutamente tudo com ele mas não consegui desta vez, quando entrei no meu quarto, tomei um banho e me afundei na cama, achei que talvez rafe não devesse saber, nem ele, nem ninguém...

Não lembro de onde conheço aquele homem mas sua expressão é traumatizante, sei que é uma memória mas nada parece ser suficiente para leva-ló a ter aquele olhar tão apavorado..

— Filha. — escuto as batidas na porta afastando minha confusão — Podemos conversar? — Eu me sento na cama vendo meu pai entrar em meu quarto como se tivesse está liberdade

— Oque quer? — eu pergunto seca

— Conversar...você acabou de voltar minha filha. Quero matar a saudade que estava de você...— meu rosto se franze com sua hipocrisia

— Não teria saudade se você não tivesse me mandado para aquela merda! — eu rosno me levantando da cama e o impedindo de se aproximar

— Filha...estou feliz que você tenha vol—

— DEIXE DE SER CÍNICO! — eu berro — Não vai me manipular pai, rafe já me contou que foi você quem me mandou para aquele inferno...nunca mais vou confiar em você

— Grace, você esta doente. Eu só queria cuidar de você, ainda quero minha filha...— ele levanta a mão tentando tocar em meu cabelo quando seguro seu pulso rosnando contra seu rosto

— Não me chame de filha. Eu tenho vergonha de ser um fruto seu e pode ter certeza que minha mãe estaria envergonhada de admitir o tipo de homem com quem se casou...— sua expressão se fecha e parecemos dois cachorros raivosos prontos a atacar um ao outro

— Ainda é minha filha. E precisará me respeitar se quiser continuar em baixo do meu teto...— ele parece me desafiar antes de puxar o braço e sair do meu quarto

Quando minha porta bate, suas palavras me atingem, meu peito está queimando em raiva, quero arremessa-lo escada a baixa, estou furiosa só pelo fato dele achar que tem alguma autoridade sobre mim, me relembrando o fato de que preciso continuar a repassar as drogas do barry, desta vez, me vem uma ideia muito melhor a cabeça, sei bem como matar dois coelhos com um só tiro.

[...]

— Anders...eu senti tanta sua falta — eu abraço o homem mais velho que acaba de entrar em minha casa

— Estou feliz em vê-la de novo minha criança...sua mãe ficaria orgulhosa pela mulher que se tornou, tão parecida com ela — ele acaricia meu cabelo e é como paz ouvir ele falar de minha mãe

Anders é nosso funcionário mais antigo, foi minha mãe que o contratou, morou na mansão desde sempre e estava presente no dia que eu e rafe nascemos, ele cuidou de nós desde que éramos crianças, ajudando minha mãe a cuidar de nós e agindo como o pai que Ward nunca foi, Anders passou de mordomo para família e fiquei furiosa ao descobrir que meu pai o demitiu, por sorte rafe entrou em contato com ele e agora poderei o recontrata-ló

— Sinto muito pelo meu pai...como você está? — pergunto enquanto eu e Anders caminhamos até os fundos da casa — A, por favor, chame todos os empregados para uma reunião — eu peço a uma das cozinheiras que passa por nós