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- Rafe Cameron -

Eu sou acordado pelos berros de Sarah, parado ao corrimão da escada vendo Grace entrar como um furacão em casa, está puxando Sarah pelo braço com tanta força que parece que irá deixar marcas, Sarah está chorando enquanto implora para minha gêmea parar, as duas subindo as escadas, estou desnorteado o suficiente para não interromper quando minha gêmea, atira Sarah sobre a cama, deixa a minha irmã chorar e sai do quarto com a chave na mão

— Oque está acontecendo? — pergunto confuso

— Se sair daí eu mato você! — Grace grita para o outro lado da porta — Não deixe que ela saia daqui, se ela ver aquele pogue, eu irei matar os dois.

São apenas 7 da manhã Grace Cameron, não poderia dar uma de louca um pouco mais tarde?

— Você está trancando sua irmã no quarto? Grace, nosso pai fazia isso — eu repreendo, minha irmã guardando as chaves no bolso e descendo as escadas até a sala

— Eu vou conversar com ela depois, ok?! mas não consigo pensar nisso com ela chorando no meu ouvido — quando Grace me ligou ontem dizendo que iria afastar Sarah de john b não achei que seria de tal forma.

— Grace para com isso. Você está ficando louca, até ontem estava abraçada com john b os dois rindo juntos, porque quer dizer que ele não é alguém confiável? — questiono, tudo que me ajude para tirar Sarah do quarto

— Rafe, você é a pessoa que mais confia em mim no mundo todo. Acredita por favor quando eu digo... aquele garoto fez algo, se não ele, o pai. Eu consigo ver só por aquele olhar... ele não é bom pra Sarah, nunca deveríamos ternos rendido ao charme de pogue da paz — minha gêmea anda de um lado para o outro de forma torturada e penso se ela se lembrou de algo

— Porque acha isso agora? — eu paro, com as mãos na cintura tentando decifrar sua paranoia

— Eu não sei... só senti que não podia mais ficar naquela casa, não é confiável. Olha, Big john trabalhou aqui, não? Você o conhecia? Ele já teve algum problema com algum funcionário? — eu franzo o rosto e revirando os olhos

— Não Grace. Ele era só um funcionário como qualquer outro... um velho e pobre que trabalhava só para gastar todo salário em cerveja enquanto ficava o dia todo atrás de um barco velho. — digo dando de ombros sem paciência

— Royal Merchant. Isso. Ele estava atrás desse barco. Porque isso me parece tão familiar...? — Grace questiona e mais parece procurando memórias do que se lembrando de algo.

— Eu não sei... nosso pai falava disso quando éramos pequenos. — outra vez dou de ombros e minha gêmea cai sobre o sofá como se fosse mole, fitando o chão pensativa

— Ele falava que seria nosso... — sussurra

— Oque? O Royal merchant? — questiono confuso, tenho certeza que nosso pai nunca disse isso.

— É... eu lembro dele falando "será só nosso" — meu rosto se franze

— Ele nunca disse isso Grace. — eu e minha irmã estamos nos encarando, o rosto franzindo como se estivéssemos em memórias completamente diferentes

— Disse sim... eu me lembro. Lembro dele contar a história do barco, de como naufragou.. ele dizia que seria nosso... — outra vez meu rosto se franzindo, Grace parece estar pronta para jurar pé juntos que ouviu ele falar isto porém sei que meu pai jamais falou tal coisa enquanto contava a história sobre o náufrago

CAMERON'S - (JJ Maybank )Onde histórias criam vida. Descubra agora