CAMERON'S - (JJ Maybank )

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- Grace Cameron -

— Espera! Você roubou? — eu gargalho vendo a expressão do jj

— Não foi bem roubo... no nosso aniversariante de 16 o rafe ganhou uma moto enquanto eu ganhei vestidos e joias... não que eu não gostasse mas eu queria um carro! Todo mundo quer um carro quando faz 16. Foi quando a minha relação com o ward começou a decair, ele sempre comparou eu e rafe com a Sarah, daí vi que ele estava fazendo diferença por ser machista também. Então roubei o cartão dele, fui até a loja e comprei minha Lamborghini. — jj tem olhos arregalados.

— Você é louca! Oque ele fez? — eu gargalho dando um último gole em meu drink

— Ficou uma fera é óbvio. Eu passei meses de castigo mas em compensação ia pra escola de Lamborghini— eu digo com um sorrisinho, vendo jj ainda chocado e gargalhando.

Eu acho que nunca contei tantas verdades para alguém como nesta madrugada, o restaurante já fechou, todos já foram embora, já passam das quatro da manhã enquanto eu e jj estamos na praia bebendo oque nos resta de drinks e esperando o nascer do sol.
Não vejo motivos para contar minhas verdades sombrias a jj mas estamos nos divertindo com nossas meias verdades, histórias que ele passou com os pogues e tudo que me lembro de ter vivido quando ainda ainda era adolescente.

É engraçado porque em 19 anos, eu só consegui conviver com meu irmão, as outras pessoas jamais se encaixaram na minha vida, eu não deixava os outros fora porque se porque não conseguia aceitar eles, mas porque eles nunca eram suficientes, eu não deixei jj entrar, fui obrigada a aceitar ele entrando pois talvez tenha a mínima possibilidade dele se tornar parte de minha família, mas em todo esse tempo, ele foi o único a conseguir ficar. Temos nossa desavenças mas é fácil com ele, como se por segundos eu deixasse tudo para sermos apenas jj e Grace.

Agora em silêncio, sentados na praia, nos abraçando e admirando o sol nascer, sinto como se jj fosse a pessoa mais íntima de minha vida. Não pelo sexo ou por minhas verdades. Mas porque qualquer um pode olhar para você, mas é muito raro encontrar quem veja o mesmo mundo que o seu.

[...]

- JJ Maybank -

Eu acordo me remexendo na cama e estranhando como ela está vazia. Grace estava ao meu lado quando nos deitamos depois de ver o sol nascer. Não estranho sua falta pois minha mente volta aquele momento, é muito brega descrever a sensação de ficar sentado ao lado de Grace, vendo o sol nascer queimando nossas peles com ela enrolada em meus braços. Sei que se pudesse escolher algum momento para poder viver nele para sempre, seria naquelas 2 horas de nascer do sol.

Depois de me remexer na cama, eu me levanto e tomo um banho, colocando a primeira bermuda que encontro na bagunça da minha mala, eu procuro Grace na casa mas não há ninguém no andar de cima, diferente do restaurante que está lotado, as mesas forradas de clientes, os garçons correndo de um lado ao outro, Rick no caixa e minha mãe nos pedidos. Ao meio de todos, um pequeno furacão, usando um avental sujo e um coque preso por um lápis, andando carregando bandejas sujas em uma mão já na outra uma bandeja com duas taças qual ela serve em uma mesa com uma família de turistas junto de duas crianças.

— Mais alguma coisa? — Grace tem um sorriso no rosto como se estivesse amando trabalhar — Ok, dois hambúrgueres, uma sobremesa, dois sucos e um refrigerante zero. Em um minuto

Quando o olhar de Grace se cruza pelo meu, ela sorri ao me ver a encarando, rindo da forma que trabalha ligada no 220, ela passa, deixa as bandejas sujas na janela da cozinha e bate a mão em um sino alto que faz a garçonete morena se virar a ela. — Dois hambúrgueres, uma sobremesa, dois sucos e um refrigerante zero. Pra já.