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- Narradora -

Não existia guindastes para tirar Grace ou Rafe Cameron do chão daquele escritório, o gêmeo mais velho de joelhos no chão, tocando as mãos da irmã sem palavras depois de raciocinar suas poucas palavras.

— Se lembra? Se lembra de que? Grace oque você lembrou? — rafe pergunta desesperado diante os olhos assustadores de Grace.

— Nosso pai matou ele...— rafe vacila caindo no chão a voz embargada de Grace sai como um soco assustador — Matou ele na minha frente...

Outra vez a Cameron precisa tampar a boca para evitar que outros escutem seu choro compulsivo, rafe em total silêncio, nem ao menos consegue pensar em quem seria o "ele" que seu pai teria matado porém se assusta, caindo sobre o chão suas mãos esmagam um dos talões de cheque, rafe segura o papel sobre as mãos notando os milhares de dólares que foi destinado a uma conta no banco na Argentina.

— Oque é tudo isso...? — rafe pergunta com a voz trêmula, confuso diante papéis, selos e chegues.

— Não era reabilitação... era uma clínica de tortura... — os olhos do Cameron se arregalam diante o sussurro da irmã.

As mãos de Grace tremem enquanto levam o papel embolado em seu colo até o irmão que o arranca de suas mãos, o desespero tomando conta do corpo de rafe deixando todo o medo e choque de lado, está preocupado com a irmã e nada ficará a frente de sua preocupação.

São cartas da mesma clínica que Grace passou um ano internada, assinadas por ward cameron, rafe lê todos aqueles contratos, todas as informações da irmã em único só papel.

— Ele pagou eles... pagou para forjarem meus exames... eu nunca estive doente. Eles estavam me matando... — o choro de Grace saindo como soluços — Os remédios... não eram para meu tratamento... estavam me dopando para me enlouquecerem, para apagarem minha memória e me deixarem em estado vegetativo...

— Oque...? — rafe resmunga, em desespero engatinhando pelo chão e segurando todos os papéis, cartas da clínica alegando que se Grace continuasse tomando tais remédios poderia morrer e a assinatura de seu pai alegando para aumentarem a dosagem, ela seria a próxima, talvez não pelas próprias mãos de ward mas ele teria pagado por cada uma das dores.

— Não... ele não faria...

Cada um dos talões de chegue, cartas de médico avisando como seu plano maligno estava em andamento e como sua filha mais velha estava cada vez mais próxima da morte, apenas cartas de preocupação quando Grace voltou a se lembrar e quando o irmão apareceu para a resgatar.

— Rafe... ele autorizou a tortura de choque. — o suficiente para rafe se levantar, alcançar sua arma e está pronto para acabar com a vida do pai enquanto ele dorme.

— Rafe, não. — grace usa o resto de força para se levantar e tocar o ombro do irmão para o impedir que faça alguma besteira — Só podemos ir embora...? Se ele vai pagar quero que seja por minhas mãos..

Rafe passa o último olhar pelo escritório, a zona que foi causada pelo desespero de Grace, alcança os papéis que podem provar tudo de mal que ward fez, pega a foto de Big john e ward, carregando tudo apenas pensando nas possibilidades de ferrar com a vida de seu pai.

— Vamos embora daqui.

[...]

Jj é o único com calma suficiente para dormir até tarde, acordando quando o sol já está no céu e a tarde já está se aproximando, confuso chamando pelo nome da sua garota que não está ao seu lado na cama, procura no armário, procura no banheiro, desce até o primeiro andar mas não há ninguém na casa. Nem mesmo mensagens em seu celular, todos os Cameron's parecem ter evaporado da terra do dia para noite, deixa mensagens no celular de Grace, ligações perdidas e caixa postal, não quer ficar sozinho então toma seu banho e sobe em sua moto em direção a casa do melhor amigo. Chegando ao cut, encontra sarah e john b sentados na varanda junto dos amigos bebendo cerveja como se fosse um dia tranquilo e normal.

CAMERON'S - (JJ Maybank )Onde histórias criam vida. Descubra agora