Me olhei no espelho e fiz vezinho. Eu tô um arraso, minha gente, um arraso. Mentira, tô como sempre. E estou psicologicamente e moneymente preparada para mais uma aventura no ônibus, com Nathaniel McCullen. Nome de filme isso.
Peguei a sacolinha com o livro, botei a minha bolsinha dentro e fui esperar Nathaniel na sala, já que ele faz questão de dar um "oi" pra minha mãe. E ela tá toda empolgada. Não duvido nada que ela o convide pra ficar quando a gente voltar do centro.
Mal me sentei no sofá, ouvi uma buzina de moto, e parecia ser na porta de casa. Fui olhar pela janela, vendo Nathaniel todo bonito descendo e vindo bater na porta. Mamãe veio do seu quarto.
- Não abriu a porta ainda por que?
- Eu já tava indo.
Fiz bico, e ela abriu a porta puxando Nathaniel pra um abraço. Legal, o McCullen roubou minha mãe.
- Oi, dona Milena.
- Oi, Nath. – Arqueei a sobrancelha, quase rindo. – Entra.
- Não, dá não. Vamos logo, Nathaniel. – Me apressei em falar e o empurrar de volta. Tá que ele nem se mexeu, mas eu tentei.
- Garota chata. – Mamãe bufou – Quando voltarem, você poderia ficar um pouco aqui, não é?
- Porque não? – ergueu os ombros.
- Que bom! – ela bateu palminhas, depois olhando lá pra fora – Você tem carteira? É maior de idade? Não quero que ninguém vá preso.
- Sim e sim. – Ele riu.
- Então, partiu. – mais uma vez me meti no meio deles – Tchau, mamis.
- Se divirtam.
Empurrei o loiro pra fora de casa, com ele acenando pra minha mãe. Paramos perto da sua moto foda, que eu nunca descobri o modelo.
- Oi, Gabe. – Ele sorriu sarcástico, me entregando um capacete.
- Não fale comigo. – Pus o capacete na cabeça, ajeitando a sacola no braço para que não caísse. Nathaniel riu um pouco alto e subiu na moto, subi depois me segurando naquelas paradinhas de segurar, atrás.
Mas o McCullen é um maldito e acelerou a moto, me fazendo mudar de apoio. Apertei sua cintura, como se eu fosse morrer, bem, se eu cair daqui é um talvez.
- Porra! – berrei, beliscando o braço dele depois.
Não vi, nem ouvi, mas sei que ele está mostrando um sorriso filho da puta.
Inflei as bochechas e fiquei quieta esperando chegar na biblioteca, foi bem mais rápido do que da outra vez, por estarmos de moto e ele cortar caminho entre os carros. Morri de medo, claro, Nathaniel é maluco.
Ele parou no estacionamento perto da biblioteca. Desci primeiro, ele ativou aquele alarme logo depois que desceu também.
- Como é o livro que você leu? É legal? – ele não me respondeu. – É ruim? - nada – Nathaniel!
- Tu disse pra eu não falar contigo.
- Ridículo. – Reviro os olhos. – Vamos logo.
Segurei sua mão e o arrastei pra dentro da biblioteca. Nós deixamos as coisas com a mesma moça da outra vez, e entramos no salão principal, maravilhoso e cheio de livros.
- Boa tarde. Viemos devolver os livros. – falei pro moço que lado de dentro, o bibliotecário. Ele sorriu.
- Seus nomes, por favor?
- Gabriella Bannett e Nathaniel McCullen.
- Senhor McCullen. – O moço olhou para Nathaniel e o cumprimentou com um aperto de mão.
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Stay Now
FanfictionO que dizer da minha vida? Que sou a típica garota quase excluída da escola, que tal? É, é exatamente isso. O pior é que isso muda totalmente quando uma das garotas mais populares desse lugar e eu tivemos que fazer dupla em química, e eu, sem querer...