E lá vamos nós

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- Eu acabei de chegar, pai. – falei, com um bico. O bonito tá me perguntando se eu já queria voltar pra casa. Socorro!

- Certeza?

- Tenho. Avisa pra mamãe que eu tô bem.

- Tá bom.

- Diz pra ela ligar todo dia. – Balancei a cabeça ouvindo ela falar do outro lado da linha.

- Você ouviu.

- É, ouvi. Tenho que desligar. Tchau, pai.

- Juízo. – E desligou.

Deixo o celular em cima da cama que eu iria dividir com Ari, num quarto de hospedes, e fui pro andar de baixo, onde meus amigos estavam depois que nos instalamos. Os pais dos meninos foram muito gentis com a gente, nos receberam muito bem e, se pa, gostaram de nós. A Rosa eu sei que eles amam.

- Não querem mesmo um lanchinho? – senhora Crawford nos indaga.

- Não, senhora. A gente pode ver a fazenda? – Ariana pergunta, animada.

- Claro, podem ir sim.

- Legal! – Alexy bateu palminhas.

Nós quatro, Ari, Alexy, Rosa e eu, seguimos pro lado de fora da casa. Um vento fresquinho soprou, fazendo meus fios arrepiados no topo da cabeça voarem.

- Quero morar aqui, tá decidido. – falei.

- Imaginem só o tanto de coisa que dá pra fazer nesse lugar. Um acampamento, que tal?

- Ah, nem vem. – Ouço Armin, que acabava de chegar ali, na varanda, resmungar.

- O Armin não conta. – Virou pra trás – O que acham, meninos?

- Achamos o que? – Castiel arqueia as sobrancelhas, abraçando Ari por trás.

- Aventuras, meu caro, aventuras.

- Trilha?

- Ih! – Armin resmunga mais uma vez.

- Trilha e acampamento! – a platinada berra. – Leigh, dá pra fazer isso?

- Dá. Tem um rio aqui perto também.

- Botei fé.

- Então hoje vamos descansar, amanhã vamos... fazer nada, e depois trilha e acampamento!

- Fazer nada? – Nathaniel brota do lado do Lysandre. – A gente pode brincar com os porquinhos.

Isso é algo que eu falaria. Nathaniel tá absorvendo meu jeito de falar pela convivência, ou por osmose.

- Vocês quem sabem. Só sei que nosso aniversário está chegando. – Rosa se pendurou no braço de Leigh, dando um beijo em sua bochecha. Ele sorriu. – Vamos andar.

Ela saiu pulando na frente, toda empolgada, nós fomos para mais perto de uma área cercada.

- Aqui é o que? – Ari indaga.

- É onde costumávamos treinar com os cavalos.

- Não fazem mais?

- Temos apenas dois agora. Hanna vem de vez em quando vê-los.

- Devem ser as coisinhas mais lindas. – Sorri.

- São. – Lys também sorri, sonhando acordado.

Nós voltamos a andar, os meninos engataram em algum assunto do nada, as meninas e eu ficamos atrás observando o lugar, era maravilhoso.

- Olha, gente! – Rosa apontou pra um pé de mangas. Ah, lá vem. – Vamos lá, quero uma.

- De novo?

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