Gabi um cacete!

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- Que cara é essa? – Castiel, a única pessoa presente na turma além de mim agora, me perguntou.

- Que cara?

- Assim... meio idiota.

- Ah! – concordei com a cabeça.

- Eu hein! Pensei que você era normal e que o Nathaniel só falava ao contrário pra implicar.

- Nathaniel fala de mim pra você? – tirei meu apoio do queixo para olhá-lo.

- Não. – Meu sorriso murchou. O de cabelo vermelho pareceu pensar – É, ele fala.

- Sério? – falei, isso pareceu sair mais empolgado do que eu pensei. Castiel arqueou uma sobrancelha abrindo um sorriso malicioso. – Que foi?

- Tu gosta dele.

Abri a boca pra dizer um não, grandão e em negrito, mas não saiu nada além de um som esquisito.

- Não desgosto. Na verdade, aprendi a conviver mais com ele.

- É complicado.

- Concordamos em algo.

Nós rimos.

- E você com a Ari. Descobriu algo?

- A Ari... Eu gosto dela.

- Tá, disso até os micróbios dessa parede sabem. – Aponto pra parede na qual me encostei.

- Mas tem um empecilho: Debrah – ele revira os olhos.

- A novata que não é novata. – Sorrio falsamente. – Qual é a dela?

- Atrapalhar minha vida.

- Ariana mete o cacete nela.

- Não duvido. Por causa dela, não tenho certeza se a Ari gosta de mim.

- Para senão eu te bato. Olha, sabe a Debrah? Ignora que vai embora. Foca na Arianinha, ok? – ele riu.

- Ok.

- Sério, eu pensei que tu era o bolado do rolê, mas tu é legal.

- Valeu. – Cruzou os braços. – E valeu pela dica, vou indo. Preciso achar o Lysandre.

- Tá bom. – Cantarolei.

Castiel saiu da sala e eu fiquei aqui com minha cara de... Idiota que ele disse, né? Fiquei com minha cara de idiota. Por que eu tô assim? Nem eu sei. Mas não precisa fazer muito esforço.

Rosalya apareceu com Alexy, ela tinha uma sacola na mão e falava pelos cotovelos com o de cabelo azul.

- Que treco é esse aí? – pergunto.

- Lanchinho pra gente. – Piscou.

- Eba! Me dá um. – Ariana brotou do além em cima da Rosa.

- Não. Vamos comer no intervalo.

- Por quê? – foi minha vez de perguntar, irritada.

- Porque já bateu o sinal.

- Bateu o caralho!

O sinal, do nada, tocou, o que fez Ari e eu olharmos com tédio pra Rosalya.

- Ai, sua ridícula! – Alexy bufou e se sentou em seu lugar.

Todas as aulas pareceram uma lesma de tão lerda, até uma lesma é mais rápida. Pois é, demorou muito. Acho que até cochilei aqui, voltei a realidade com Nathaniel do meu lado.

- Vamos?

- Ficar andando pela escola de novo? Não, obrigada.

- Que tal sentar junto comigo e a galera?

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