Fogo no parquinho!

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A cozinha estava limpinha, e a nossa merendinha pronta. Depois que limpamos maior parte da cozinha, terminamos os sanduíches e o suco, Nathaniel achou frango desfiado, esquentou e nós botamos no pão pra completar. Ah, o que estava dentro do copo do liquidificador foi totalmente pelos ares e pra minha cara também, sorte que tinha mais, então fizemos mais um, sem hortelã. No final, conseguimos e antes de comer, lavei a louça e Nathaniel secou e guardou. Sim, ele fez isso.

- Até que ficou bom.

- Eu sou um bom cozinheiro, eu sei.

- Cara, é alface, tomate, cebola e frango já refogado entre duas fatias de pão de fôrma. Até uma criança de três anos faz isso.

- E o suco?

- Polpa da fruta e água dentro de um negócio que faz ficar líquido.

- Caramba, viu. – Ele riu. Fiz o mesmo, porém irônica.

- Acabei. – levanto do banco, no balcão, e fui para a pia lavar o que tinha sujado. – E agora, o que a gente faz? Acho que tá cedo ainda.

- Não sei. – Ele apareceu perto de mim, e colocou as suas louças sujas na pia.

- A pia é toda sua. – Coloco as outras no escorredor e me afasto, secando as mãos. – Onde fica o banheiro mesmo?

- Tem um aqui embaixo, e tem o lá de cima.

- O daqui mesmo. – Ele só aponta pra uma porta, na qual eu abri e entrei no pequeno... Esquece. Nada aqui é pequeno. Haja trabalho pra limpar essa casa, viu. Quanto será que eles me pagariam a diária? Porque, veja só, a casa é enorme e eles são ricos, eu não aceitaria menos de quinhentos.

Lavei minhas mãozinhas, por que és muito importante, e voltei pra cozinha onde o McCullen olhava pro teto. Segui seu olhar, era só o teto mesmo.

- Uau, que emocionante. – Comento, depois olho pra ele que sorria. – Que foi?

- Vamos brincar.

- Na neve?

- Hã?

- Nunca assistiu Frozen, não? – ele riu alto.

- Vamos brincar no jardim, Gabe.

- De quê? Porque essa ideia foi mais aleatória do que a Rosalya.

Segui ele pra fora de casa, saindo num quintal muito lindo, tinha uma piscina. Porque ele não disse que tinha uma piscina? É oficial, Nathaniel McCullen é uma pessoa má. Um pouco pro lado tem a entrada de um jardim muito lindo, e foi pra lá que nós fomos.

- Se tivesse neve a gente podia brincar de guerra. – Cruzo os braços.

- Não seja por isso.

- Como assim?

Virei pra ele e me arrependi, pois ele havia jogado terra em mim. Na minha cara.

- Eu vou te matar. – Me abaixei e peguei um punhado de terra num canteiro. Deus eu tô violando um canteiro. Me perdoa, é por um bem maior.

Joguei a terra em Nathaniel, que, infelizmente, desviou.

- Maldito! – berrei.

- Perdedora. – Fiz careta, falsamente indignada. Será que ele assiste Naruto também?

- Perdedora é o seu cu.

Tinha uma pequena fonte – banheira, sei lá como se chama, só sei que é pra passarinho – ali perto, fiz concha com as mãos aparando a água.

- Estilo água. – E joguei a água nele, que se defendeu jogando terra de novo, num estilo terra.

- Ai, meu olho! Ai, meu olho! – começo a balançar a mão, com a outra tapando o olho atingido pela terra.

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