A bagunça, meu Pai!

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Não sei como os pais do Lys e do Leigh estão aguentando a gente. Bando de tagarela, eu hein! E olha que acabou de amanhecer. Estamos sentados à mesa pro café da manhã, os mais velhos da casa nos olham e riem a cada minuto.

- Me passa o leite, Castiel. – pediu a Rosa.

- Esse bolo tá maravilhoso. – Alexy falou, com a boca cheia, para a senhora Crawford.

- Obrigada, querido.

- A Hanna já chegou? – Lys perguntou.

- Ainda não. – O Leigh responder enquanto levava a xícara até a boca para tomar um gole do café.

Um falando por cima do outro, e eu comendo. Ah, vá, que eu vou me preocupar em ficar falando quando posso comer essa delícia de bolo.

- O que vão fazer hoje? – o pai dos meninos nos indaga.

- Ah, a gente pode ajudar com as tarefas. – Rosa dá de ombros. – Tem alguma coisa pra gente?

- Vocês podem falar com a Han. – Leigh responde.

- O que tem eu? – falando nela, a cacheada aparece ali, sorrindo, parando do lado de Armin. – Bom dia.

- Booom dia, Hanninha do meu coração! – Rosa deu um salto do lugar onde estava, dando a volta na mesa, jogando um braço ao redor dos ombros de Hanna. – O que vamos fazer hoje, hein, hein?

- Hã... – Hanna olhou pra gente como se perguntasse se a Rosa era assim o tempo todo – Tem muita coisa pra fazer. Que tal começar com as galinhas?

- Oba! – Rosa ergueu os braços. – Anda, Gabe. As galinhas não vão esperar o dia todo.

- Vão sim. – Alexy a cortou.

- Vou fingir que não te ouvi. – Ela disse abaixando o rosto perto do meu, pegando o bolo da minha mão e enfiando na minha boca. – Cuida, garota!

- Não sou só eu que estou comendo. – Começo a tossir logo após. – Maluca.

- É sim. – falou Castiel levantando do seu lugar.

- Ah, me erra. – Tomo um gole do café.

- Rosa, deixa a Gabe comer.

- Valeu, Leigh.

Ela revirou os olhos, mas abriu um sorriso e saiu dizendo que iam me esperar lá fora. Percebi que Nathaniel ainda estava ali, não só ele, mas o senhor e a senhora Crawford também, só que os mais velhos conversavam sobre alguma coisa enquanto Nathaniel estava encostado apoiado numa das cadeiras, com os dois braços cruzados no encosto dela.

- Oi?

- Oi o que?

- Sei lá, Nathaniel, tu que tá com cara de idiota. – Ele arqueia uma sobrancelha. – Esquece, é a única cara que você tem. – Agora ele riu. Certeza que ele sabia que eu ia falar algo assim.

- Anda, vamos logo.

- Não se pode mais comer, não, hein?

- É seu segundo pedaço de bolo.

- Terceiro. A Rosa enfiou um inteiro na minha boca. – Ele riu. – Ria não, McCullen. Quer saber como é a experiencia?

- Como se eu não soubesse. – Eu ri também, imaginando a irmã dele fazer o mesmo que Rosa fez comigo.

- Ambre? – Ele deu de ombros concordando.

Tomei meu último gole de café e ajudei a tirar a mesa, junto com a senhora Crawford e Nathaniel, ela disse que não era preciso eu lavar, mas insisti. Adiantou? Porra nenhuma. Ela praticamente me expulsou da cozinha e mandou Nathaniel e eu irmos brincar com nossos amigos.

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