6 - Rolê das campainhas

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Fiz careta quando Ari e Rosa começaram a rir de mim. Já fazia quase uma semana que ocorreu meu belo mico no hospital, no qual eu desmaiei lindamente, mas elas continuam enchendo meu saco.

- Até que você tá suportando ele, vai. – Rosa falou do nada. – É bonitinho.

- Ele é insuportável! Tá que ele me ajudou algumas vezes, mas não quer dizer que somos melhores amigos. – Digo com tédio.

O sinal bateu, e eu bufei. Intervalo muito curto pro meu gosto. Segui com as meninas até a sala de aula, nossa professora de sociologia logo apareceu quase soltando glitter.

- Oi, oi, gente. Se preparem para um trabalho! – ela bateu palminhas, olhamos com tédio pra ela. Não sei, mas essa professora parece que sempre come um brisadeiro antes de vir dar aula, tá sempre sorrindo como se não tivesse conta pra pagar – Será em dupla. – Ela sentou-se na borda da mesa depois de ter colocado seus materiais na mesma. Eu olhei pra Ari e pra Rosalya. Dupla... Sem coração, essa mulher. – Mas vai ser sorteado. – Olha a audácia, se bem que não faz muita diferença já que eu não iria poder ficar com Rosa e Ari numa dupla de três – Eu já separei seus números em papeis, e eu mesma vou fazer o sorteio, pra não dar bagunça.

Só espero não cair com Ambre de novo.

- Injusto! – falou Kim, uma garota que senta bem mais na frente.

- Fazer o que? – a professora deu de ombros. – Vamos lá!

Ela começou a tirar de dois em dois os papeizinhos dobrados. No final não fiquei nem com Rosalya, nem com Ariana, nem com ninguém pra falar a verdade.

- Professora. – Ergui a mão – Faltou eu.

- Oh, Gabriella. – Ela pegou o último papelzinho – Acho que perdi o seu. Você não é o número 26, não é?

- Não...

- Bom, sobrou apenas o 26 e como eu, provavelmente, perdi o seu, vocês farão dupla.

Olhei ao redor à procura do indivíduo, só um deles não havia sido chamado e eu sabia quem era, tinha prestado atenção em todas as pessoas chamadas pro caso de me distrair e não ouvir meu nome.

- Ui, parece maldição. – Ari comentou perto de mim.

- Maldição dos McCullen. – Rosa completa.

No fundo da sala, Nathaniel tinha um sorriso no rosto enquanto rabiscava na mesa, voltei a olhar para a minha, depois para a professora que dava os detalhes do trabalho.

- ...duas semanas juntos para observar o comportamento, os gostos e outras coisas que o colega gosta de fazer.

- Como é? – sussurrei.

- Resumindo: conhece-los melhor. Façam programas ou o que quiseram, e anotem, como um diário. – explicou tudo sorrindo.

- Então eu tenho que passar duas semanas com a Kim? – ouço Ambre perguntar. Arregalei os olhos e olhei pra trás.

- Eu vou passar duas semanas com o Nathaniel? – algumas meninas da sala me olharam estranho, como se fosse um absurdo eu fazer essa pergunta no tom que eu usei: descrença.

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