[𝚇𝙸𝚇] 𝙾 𝙰𝚟𝚒𝚜𝚘 𝚍𝚎 𝙳𝚘𝚋𝚋𝚢

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           |O Aviso de Dobby|

Parecia que aquela noite não passava. Os minutos se prolongavam e Haley já estava pensando em dar uma desculpa para sair daquele lugar.

Até que os Manson não eram tão ruins como Haley pensou que seriam. A Sra. Manson era uma mulher elegante e agradável e parecia gostar muito de Haley. Já o Sr. Manson era parecido com Tio Válter, não de aparência, mas sim de personalidade, eles pareciam pensar da mesma forma.

Nessa noite Haley estava ouvindo vários barulhos do andar de cima que com certeza era Harry fazendo, por algum motivo. Tio Válter sempre dava uma desculpinha ruim para os Manson e subia para o segundo andar para ver o que Harry estava aprontando. E o pior era que os Manson acreditavam ou fingiam acreditar.

Na sala de jantar enquanto todos comiam Tio Válter dizia:

— Conte a Petúnia aquela história engraçada dos encanadores americanos, Sr. Mason. Ela anda doida para ouvir.

E de repente ouviram um barulho muito alto vindo da cozinha que fez a Sra. Manson e Tia Petúnia soltarem um gritinho. Tio Válter foi correndo para a cozinha e Haley logo atrás dele, curiosa.

Quando chegaram, Haley ficou boquiaberta. Era Harry que tinha feito esse barulho, claro, mas e o pior era que aquele pudim coberto de creme e violetas cristalizadas de Tia Petúnia estava espatifado no chão. O creme tinha sujado as janelas e as paredes, o prato que estava antes o pudim estava espatifado no chão. 

Harry estava paralisado de choque, coberto com o pudim de Tia Petúnia da cabeça aos pés. Tio Válter parecia que ia explodir, principalmente quando os Manson apareceram na cozinha uns segundos depois.

A princípio, pareceu que o Tio Válter ia conseguir explicar a coisa toda. (“É o nosso sobrinho... muito perturbado... ver estranhos o perturba, então nós o mantemos no primeiro andar...”) Ele levou os Mason, muito chocados, de volta à sala de jantar e Haley foi atrás de, ainda chocada com o comportamento de Harry, mas não antes de ouvir Tio Válter prometer a Harry que ia chicoteá-lo e deixá-lo quase morto quando os Mason fossem embora, e lhe entregou um esfregão. E Harry, ainda tremendo, começou a limpar a cozinha com o esfregão. 

Tio Válter talvez ainda tivesse conseguido fechar o negócio, se não fosse pela coruja.

Tia Petúnia estava oferecendo uma caixa de bombons de hortelã, depois do jantar, quando uma enorme coruja mergulhou pela janela da sala de jantar, deixou cair uma carta na cabeça da Sra. Mason e tornou a sair. A Sra. Mason berrou como uma alma penada e saiu porta afora gritando que havia doidos lá dentro (Não era completamente mentira). O Sr. Mason se demorou o suficiente para dizer aos Dursley que sua mulher tinha um medo mortal de pássaros de qualquer tipo e tamanho, e para perguntar se aquilo era a ideia que faziam de uma brincadeira. E assim que os Manson saíram, Haley foi até a cozinha para exigir explicações de Harry. E os Dursley foram junto com ela.

Harry estava na cozinha, segurando o esfregão, quando tio Válter avançou para ele, um brilho demoníaco nos olhinhos miúdos e logo olhou para Haley do mesmo jeito.

— Leia isto! — sibilou malignamente a Harry, sacudindo a carta que a coruja entregara. — Vamos... leia isso!

Harry apanhou a carta e começou, hesitante a ler em voz alta. 

“Prezado Sr. Potter,

Fomos informados que um feitiço de levitação foi usado esta noite em seu local de residência às 9:12.

Como o senhor sabe, bruxos de menor idade não têm permissão para fazer feitiços fora da escola e, a continuar esta prática, o senhor poderá ser expulso da referida escola (Decreto para restrição racional da prática de bruxaria por menores, 1875, parágrafo C).

𝚃𝙷𝙴 𝙿𝙾𝚃𝚃𝙴𝚁, 𝙷𝙰𝚁𝚁𝚈 𝙿𝙾𝚃𝚃𝙴𝚁 [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora