[XXX] O Diário Secretisssimo

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         | O diário secretíssimo |

Hermione permaneceu na ala hospitalar várias semanas. Houve uma boataria sobre o seu sumiço quando o resto da escola voltou das férias de Natal, porque naturalmente todos pensaram que ela fora atacada. Foram tantos os alunos que passaram pela ala hospitalar tentando dar uma olhada nela que Madame Pomfrey pegou outra vez as cortinas e pendurou-as em torno da cama da garota, para lhe poupar a vergonha de ser vista com a cara peluda.

Haley, Harry e Rony iam visitá-la toda tarde. Quando o novo período letivo começou, eles lhe levavam os deveres de casa do dia.

— Se tivessem crescido bigodes de gato em mim, eu teria tirado umas férias dos deveres — disse Rony, certa noite, despejando uma pilha de livros na mesa de cabeceira de Mione.

— Pare de ser bobo, Rony, tenho que me manter em dia — disse Hermione decidida. Seu estado de ânimo melhorara muito desde que todos os pelos desapareceram do seu rosto, e os olhos estavam voltando lentamente à cor castanha. — Suponho que não encontraram nenhuma pista nova? — acrescentou aos sussurros, de modo que Madame Pomfrey não a escutasse.

— Nada — respondeu Harry, desanimado.

— Eu tinha tanta certeza de que era Draco — disse Rony, pela centésima vez.

— Isso que dá não ter me ouvido — disse Haley — Teria nos poupado muito tempo.

Rony revirou os olhos.

— Que é isso? — perguntou Harry, apontando para alguma coisa dourada que aparecia por baixo do travesseiro de Mione.

— É só um cartão desejando que eu fique boa logo — disse Mione depressa, tentando escondê-lo, mas Rony foi mais rápido. Puxou o cartão, abriu-o e leu em voz alta:

À senhorita Granger desejo uma rápida convalescença, seu professor preocupado Gilderoy Lockhart, Ordem de Merlin, Terceira Classe, Membro Honorário da Liga de Defesa Contra as Artes das Trevas, cinco vezes vencedor do Prêmio do Sorriso Mais Atraente do Semanário dos Bruxos.

Rony olhou para Hermione, enojado.

— Você dorme com isso debaixo do travesseiro?

— Haley, você e a Astória ainda não estão se falando? — perguntou Hermione, mudando de assunto.

Haley fechou a cara. Ela e Astória não estavam se falando porque assim que Astória voltou das férias de natal, Haley decidiu contar tudo a ela, porque estava se sentindo muito mal. Astória não estava parecendo muito brava com Haley, mas ficou furiosa quando Haley contou sobre a conversa que teve com Malfoy. O pior era que Haley nem podia pedir explicações sobre esta conversa. E Astória tinha falado que iria sustentar a mentira, sobre ela ter perdido o trem, se alguém perguntasse, mas que nunca mais iria falar com Haley.

Haley não precisou responde, porque Madame Pomfrey apareceu para dar uma medicação noturna em Hermione.

— O Lockhart é o cara mais populista que você já conheceu ou o quê? — perguntou Rony a Harry ao saírem da enfermaria e começarem a subir a escada que levava à Torre da Grifinória. Snape passara tanto dever de casa, que Harry falava que provavelmente estaria na sexta série quando terminasse tudo. ("Tão dramático" — pensava Haley) Rony estava acabando de comentar que gostaria de ter perguntado a Mione quantos rabos de rato devia usar na Poção de Arrepiar Cabelos, já que Haley não iria falar, quando um vozerio no andar de cima chegou aos ouvidos dos três.

— É o Filch — murmurou Harry enquanto subiam depressa a escada e paravam, escondidos, apurando os ouvidos.

— Você acha que mais alguém foi atacado? — perguntou Rony tenso.

𝚃𝙷𝙴 𝙿𝙾𝚃𝚃𝙴𝚁, 𝙷𝙰𝚁𝚁𝚈 𝙿𝙾𝚃𝚃𝙴𝚁 [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora