𝟼. 𝙶𝚊𝚛𝚛𝚊𝚜 𝚎 𝙵𝚘𝚕𝚑𝚊𝚜 𝚍𝚎 𝙲𝚑á

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       | Garras e Folhas de Chá |

Quando eu, Harry, Hermione e Rony entramos no Salão Principal para tomar café, na manhã seguinte, a primeira coisa que vimos foi Draco Malfoy, que parecia estar entretendo um grande grupo de alunos da Sonserina com uma história muito engraçada, um grupo de alunos, que incluía Blaise Zabini, o garoto moreno do trem, Daphne Greengrass, irmã de Astoria e claro, Pansy Parkinson, a namoradinha dele com cara de buldogue.

Quando nós quatro passamos, Malfoy fez uma imitação ridícula de um desmaio que provocou grandes gargalhadas.

— Não ligue para ele — disse Hermione, que vinha logo atrás de Harry. — Não dê bola para ele, não vale a pena…

— Ei, Potter! — chamou esganiçada Pansy Parkinson. — Potter! Os dementadores estão chegando. Potter! Uuuuuuuuuuuu! — e naquela hora, Astória apareceu e foi em direção ao grupinho da sonserina. Ela não parecia ter dormido nada bem. Estava com uma aparência péssima.

— Para de ficar gritando essas horas Pansy. — Astória falou para Parkinson quase gritando, enquanto se sentava ao lado de sua irmã. — Se você quiser chamar alguma atenção gritando desse jeito, nessas horas, deveria ter feito isso enquanto estava de férias, perto do seus pais, já que só eles para aguentarem você assim.  — Astória percebeu que vários alunos a observavam, inclusive eu, confusos, já que a garota normalmente era gentil com a maioria das pessoas. Astória acenou para mim e eu dei um sorriso, também acenando, mas a garota não sorriu de volta. Só se virou para Draco, que falava algo, silenciosamente, para ela.

Mordi os lábios, confusa e me sentei, enquanto Harry se largava, espaçosamente numa cadeira à mesa da Grifinória, ao lado de George Weasley.

— Novos horários de aulas para os alunos do terceiro ano — disse Jorge, distribuindo-os. — Que é que há com você, Harry?

— Malfoy — informou Rony, sentando-se do outro lado de George e olhando feio para a mesa da Sonserina.

George ergueu os olhos na hora em que Malfoy fingia desmaiar de terror outra vez.

— Aquele debilóide! — disse calmamente.

— Ele não estava muito feliz quando um dementador invadiu a cabine ontem e agora fica fazendo isso… tão hipócrita. — falei distraída, já que eu observava Astória, que realmente não parecia bem, principalmente porque sua irmã, Daphne, tentava obrigá-la a comer uma maçã, mas Astória negava.

— Então é verdade? — perguntou Fred intrigado. — Você e o Malfoy ficaram juntos na mesma cabine ontem?

— Como assim verdade? — perguntei encarando Fred.

— Boatos.

— Boatos? — repeti com as sobrancelhas erguidas.

— Sim — George respondeu com um sorrisinho. — Tem várias pessoas dizendo que você foi procurar ele na cabine dele e algumas coisinhas a mais que eu sei que você não vai querer que eu repita. — fiquei vermelha e sem querer acabei olhando para Harry, que estava confuso.

Não falei mais nada, deixando o assunto morrer, pensando em como que as pessoas tem coragem de inventarem essas coisas. Mas eu realmente fiquei curiosa em saber que “algumas coisinhas” são essas.

— Sabe, nem eu fiquei muito feliz — comentou George uns segundos depois. — Eles são um horror, aqueles dementadores…

— Meio que congelam a gente por dentro, não acha? — disse Fred.

— Mas você não desmaiou, desmaiou? — perguntou Harry em voz baixa.

— Esquece isso, Harry — disse George para animá-lo. — Papai teve que ir a Azkaban uma vez, lembra, Fred? E comentou que foi o pior lugar em que esteve na vida, voltou de lá fraco e abalado... Eles sugam a felicidade do lugar, esses dementadores.  A maioria dos prisioneiros acaba endoidando.

𝚃𝙷𝙴 𝙿𝙾𝚃𝚃𝙴𝚁, 𝙷𝙰𝚁𝚁𝚈 𝙿𝙾𝚃𝚃𝙴𝚁 [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora