𝟷. 𝙾 𝙲𝚘𝚛𝚛𝚎𝚒𝚘-𝙲𝚘𝚛𝚞𝚓𝚊

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           | O Correio-Coruja |

Eu, Haley Potter e meu irmão Harry Potter éramos uns garotos bastante fora do comum em muitas coisas. Para começar, a gente detestava as férias de verão mais do que qualquer outra época do ano. Depois,  realmente queríamos fazer nossos deveres de casa, mas Harry era obrigado a fazê-los escondido, na calada da noite, já eu, nem tanto. Eu poderia fazer, se quisesse, mas tinha que ser em meu quarto e com a porta trancada, de preferência, pelo lado de fora. E, além de tudo, a gente também também éramos bruxos.

Era quase meia-noite, quando eu estava deitada em minha cama, sem conseguir dormir. Eu me revirava na cama, tentando achar uma posição confortável para dormir, mas não conseguia achar. E então, finalmente desisti e me levantei, para ir até o quarto de meu irmão, que eu tinha certeza que também estava acordado.

Quando passei pelo corredor da casa, silenciosamente, eu acabei me vendo em um espelho que ficava no fundo do corredor e percebi como havia mudado em um verão. Agora eu estava um pouco mais alta, meu corpo agora estava bem mais desenvolvido e meu rosto agora não parecia mais de uma criança. Nesse verão acontecerá várias mudanças na minha vida e eu não sabia se essas mudanças eram tão boas como Tia Petúnia falava.

Cheguei à porta do quarto de Harry e dei duas batidas fracas. Harry não respondeu às batidas na porta, mas eu sabia muito bem que ele estava acordado e então decidi entrar do mesmo jeito.

Quando eu abri a porta, vi meu irmão deitado, parecendo estar dormindo e me aproximei do garoto.

— Harry? — sussurrei e de repente, meu irmão abriu os olhos, me assustando.

— Haley? Eu pensei que fosse o tio Válter.

Ainda me recuperando do susto, falei:

— Por isso estava fingindo dormir?

— Claro — Harry também tinha mudado nesse verão, muito. Agora sua voz estava mais grossa, ele estava com certeza mais alto, mas ainda continuava o mesmo Harry magrelo de sempre.

— Eu não estava conseguindo dormir — disse me sentando na cama, enquanto Harry também se sentava e tirava um grande livro encadernado em couro de de baixo de seu travesseiro.

“História da Magia de Batilda Bagshot”

— Que nome estranho — comentei e Harry se levantava para pegar uma pena, mas logo tinha voltado.

Ele estava fazendo lição, percebi.

— Quer ajuda? — perguntei e o garoto negou.

— Eu tenho que escrever uma redação… — disse correndo a ponta da caneta de pena de águia pela página, franzindo a testa, à procura de alguma coisa que o ajudasse a escrever sua redação,

— A queima de bruxas no século XIV foi totalmente despropositada — ele lia e logo marcou o parágrafo.

— Parece promissor… — falei, já me sentindo entediada, mas também, não tinha como não ficar.

Ele empurrou os óculos redondos para a ponta do nariz e leu novamente:

— Os que não são bruxos (mais comumente conhecidos pelo nome de (trouxas) tinham muito medo da magia na época Medieval, mas não tinham muita capacidade para reconhecê-la. Nas raras ocasiões em que apanhavam um bruxo ou uma bruxa de verdade, a sentença de queimá-los na fogueira não produzia o menor efeito. O bruxo, ou bruxa, executava um Feitiço para Congelar Chamas e depois fingia gritar de dor, enquanto sentia uma cocegazinha suave e prazerosa. De fato, Wendelin a Esquisita gostava tanto de ser queimada na fogueira que se deixou apanhar nada menos que quarenta e sete vezes, sob vários disfarces.

𝚃𝙷𝙴 𝙿𝙾𝚃𝚃𝙴𝚁, 𝙷𝙰𝚁𝚁𝚈 𝙿𝙾𝚃𝚃𝙴𝚁 [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora