[𝚇𝚇] 𝙰 𝚃𝚘𝚌𝚊

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                       |A Toca|

— Rony?! — Harry murmurou antes de Haley, deslizando furtivamente até a janela e abrindo-a de modo que pudessem conversar através das grades. 

— Rony, o que você… como você chegou aqui? — perguntou Haley meio atordoada e muito surpresa.

Haley arregalou os olhos e o queixo de Harry caiu quando o impacto do que viam os atingiram por inteiros. Rony estava debruçado na janela traseira de um velho carro turquesa, estacionado no ar. Do banco dianteiro sorriam, para Haley e Harry, Fred e George, os irmãos gêmeos de Rony, mais velhos que ele.

— Tudo bem com vocês? — perguntou George.

  — Que é que está acontecendo? — perguntou Rony. — Por que nenhum de vocês não tem respondido às minhas cartas? Convidei vocês para vir nos visitar umas doze vezes e então papai chegou em casa e disse que você tinha recebido uma advertência oficial por usar mágica na frente de trouxas… — falou Rony para Harry.

— Não foi ele… — falou Haley mas Harry a interrompeu.

— Como é que ele soube?

— Ele trabalha no Ministério. Você sabe que não temos permissão para usar mágica fora da escola...

— Hipócrito — murmurou Haley olhando para o carro flutuante.

— É, olha quem fala — Harry também murmurou.

— Ah, isto não conta — respondeu Rony. — É só emprestado. É do papai, não fomos nós que o enfeitiçamos. Mas fazer mágica na frente desses trouxas com quem vocês moram… 

— A Haley já disse que eu não fiz... mas vai levar muito tempo para explicar agora. Olha, será que você pode avisar em Hogwarts que os Dursley me trancaram e não vão me deixar voltar e, é claro, não posso sair usando mágica, porque o Ministério vai achar que é a segunda mágica que faço em três dias, e aí...

— Pare de falar coisas sem sentido — disse Rony. — Viemos levá-los para casa conosco.

— Rony, você também não pode usar magia — Haley o lembrou. — Esqueceu?

— É claro que não, mas não precisamos — disse Rony, indicando com a cabeça o banco dianteiro do carro e sorrindo. — Vocês esqueceram quem foi que eu trouxe comigo.

— Amarre isso nas grades — mandou Fred, atirando a ponta de uma corda para Harry.

Haley deu um sorrisinho para Fred, que só passou despercebido para os Weasley. Já que Harry deu um olhar muito significativo para Haley, que se fez de desentendida.

— Se os Dursley acordarem, estou morto — comentou Harry enquanto amarrava a corda bem firme em volta da grade e Fred acelerava o carro.

— Estamos — corrigiu Haley.

— Não se preocupem — falou Fred. — Dem distância.

Haley e Harry recuaram para as sombras próximas a Edwiges, que parecia ter percebido como aquilo era importante e ficou parada e silenciosa. O carro roncou cada vez mais alto e, de repente, com um ruído de trituração, as grades foram totalmente arrancadas da janela, enquanto Fred continuava a subir no ar. Haley e Harry correram para à janela e viram as grades balançando a pouco mais de um metro do chão. Rony, ofegante, guindou-as para dentro do carro. Haley e Harry escutavam ansiosos, mas não vinha o menor ruído do quarto dos Dursley.

Depois que as grades foram guardadas no banco traseiro do carro, ao lado de Rony, Fred deu marcha a ré até chegar o mais próximo possível da janela de Harry.

𝚃𝙷𝙴 𝙿𝙾𝚃𝚃𝙴𝚁, 𝙷𝙰𝚁𝚁𝚈 𝙿𝙾𝚃𝚃𝙴𝚁 [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora