𝟹. 𝙾 𝙽ô𝚒𝚝𝚒𝚋𝚞𝚜 𝙰𝚗𝚍𝚊𝚗𝚝𝚎

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           | O Nôitibus Andante |

Eu sabia que deveria ir atrás de Harry, mas eu não conseguia me mexer.

— Garota, Faça algo! — tio Válter berrou para mim.

— Mas… eu não sei o que fazer! — retruquei ainda olhando para a porta da frente aberta, que Harry a poucos segundos havia passado.

— Você tem que fazer algo! — berrou novamente.

Eu não estava mais aguentando ficar perto de tio Válter e corri para o meu quarto, extremamente preocupada com Harry.

— Haley! Vem aqui desfazer o que seu irmão fez — tio Válter gritava através do lado de fora do meu quarto, já que eu havia trancado a porta.

— Abre essa porta, Haley! — agora era tia Petúnia que gritava.

Eu me deitei na minha cama, querendo que aquele dia chegasse ao fim o mais rápido possível e naquela hora, decidi que iria para Londres, me encontrar com Harry novamente, mesmo se meus tios não deixassem.

                            •••

Na mesma noite, apareceram dois funcionários do Departamento de Reversão de Feitiços Acidentais. Tia Guida foi esvaziada e a memória havia sido alterada. Ela não lembra mais nada do acidente. E não tinha tido danos. Tia Petúnia me contava na manhã seguinte, quando eu finalmente havia destrancado a porta do meu quarto e deixado ela entrar.

— Eu vou para Londres — contei para tia Petúnia, que franziu a testa.

— Fazer o que?

— O que você acha? — e revirei os olhos — Me encontrar com Harry e com meus amigos, claro.

Tia Petúnia fez uma careta.

— E que disse que vou deixar?

— E eu te pedi permissão?

— Haley! — exclamou com desaprovação.

— Eu vou, vocês querendo ou não — falei.

Tia Petúnia deu de ombros, não se importando com o que eu fazia, mas antes que ela pudesse sair, eu disse novamente:

— E eu quero também que você solte Onix.

— E porque eu faria isso, Haley?

— Porque as mesmas coisas que o Harry pode fazer, eu posso fazer melhor — tia Petúnia estremeceu e olhou raivosa para mim, mas deu meia volta e foi até a gaiola da Onix, abrindo.

— Se vire para chegar a Londres, sozinha — falou quando chegou na porta do meu quarto.

Assim que a tia Petúnia não estava mais no meu quarto, eu corri para escrever uma carta, mas não para Harry e sim para Astória.

Eu escreveria para Astória, contando os acontecimentos da noite anterior e perguntando se ela conseguiria me encontrar na frente da casa dos Dursleys, para ela poder me acompanhar a Londres, já que eu não saberia chegar ao beco diagonal sozinha.

— Seja rápida… — murmurei para a minha coruja, enquanto eu abria a janela do meu quarto. Assim que eu abri, Onix saiu depressa pela janela, provavelmente muito feliz por ter sua liberdade novamente.

Peguei meu malão e comecei a jogar os meus pertences e jogar dentro do malão, inclusive minhas roupas novas. Eu não sabia se Astória aceitaria se encontrar, mas mesmo que ela não aceitasse, eu iria sozinha.

                          •••

No finalzinho da tarde do mesmo dia, enquanto eu estava deitada em minha cama, lendo o livro que Hermione me dera, duas cartas chegaram até a mim, uma sendo trazida por Onix, — A resposta de Astória — e a outra por Edwiges, a coruja de Harry.

𝚃𝙷𝙴 𝙿𝙾𝚃𝚃𝙴𝚁, 𝙷𝙰𝚁𝚁𝚈 𝙿𝙾𝚃𝚃𝙴𝚁 [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora